Política

Castro Marim:Francisco Amaral prevê eleições antecipadas já em 2019

 
O Algarve Primeiro falou com Francisco Amaral no sentido de saber aquilo com que os castromarinenses pondem contar para o próximo ano.

 
O Presidente da autarquia avançou, em primeira mão ao nosso jornal que, «estou a prever realizar eleições antecipadas já em 2019».
 
Francisco Amaral esclareceu que, «a situação está muito complicada em Castro Marim, não tenho a maioria na Câmara  e, nesse sentido, a oposição tem realizado uma política de constante obstacularização e boicote às iniciativas do município, sempre numa perspetiva de destruir aquilo que se pretende fazer».
 
Perante este facto, «reconheço que esta forma de estar na política está a prejudicar imenso os castromarinenses e Castro Marim, daí estar a equacionar um possível cenário de eleições antecipadas».
 
Por outro lado, «temos obras que têm sido boicotadas pela oposição que detém a maioria e, com muito esforço, temos feito seguir por diante outras que já estão adjudicadas, como é o caso da Ciclovia que liga Castro Marim a Vila Real de Santo António, a Praia Fluvial de Odeleite, o espaço envolvente da Casa do Sal, para acabar de uma vez por todas com o lamaçal que ali existe».
 
Outro dos projetos que Francisco Amaral tem na agenda para o próximo ano é a Ciclovia da Praia Verde, bem como o passadiço que vai ligar a Manta Rota a Altura, sem esquecer a frente de mar que é sempre algo de precioso para nós».  
 
Para 2019, o autarca também tem os olhos postos na Rede de Rega da Várzea de Odeleite, dando conta de que, «há uma panóplia de obras que foram atrasadas devido a este boicote sucessivo, mas que nós gostaríamos de levar a efeito pela sua urgência e importância para os munícipes».
 
 
Francisco Amaral clarificou que a Unidade Móvel de Saúde também esteve à espera mais de seis meses para poder estar em funcionamento devido a esses boicotes sucessivos da oposição, mas que agora a viatura já está operacional a 50% e espero de uma vez por todas que a referida unidade possa estar a trabalhar em pleno com a maior brevidade possível. Esta nova Unidade Móvel conta com médico, enfermeiro e fisioterapeuta».
 
Nas mesmas declarações ao nosso jornal, o autarca adiantou que, «estes são os projetos que tenho em mãos neste momento, mas que não sei se os posso concretizar dada a situação complexa que temos vindo a assistir neste mandato».
 
O edil castromarinense realçou que, «as reuniões de câmara são semanais, os serviços administrativos estão saturados com estas reuniões que demoram entre cinco e seis horas e, só para que se possa ter uma ideia, estamos neste momento a aprovar atas de Março, o que revela bem a dificuldade que estamos a sentir para podermos trabalhar nesta autarquia».
 
Francisco Amaral diz ter chegado a acreditar «existir bom senso dentro da autarquia, que se colocassem as prioridades sobre as diferenças políticas, mas até ao momento, isso não se está a verificar, razão pela qual tenho de reconhecer que se trata de uma política que não leva a lado nenhum e só destrói Castro Marim».
 
Com a esperança de que, um cenário de eleições possa trazer uma expressão clara do sentido de voto dos castromarinenses, Francisco Amaral sublinha que «precisa de uma maioria confortável» para poder levar por diante os projetos que tem em curso.
 
O autarca diz estar a equacionar «o cenário de eleições antecipadas para ver se consigo clarificar esta situação e ter uma maioria absoluta e poder trabalhar».
 
O edil realçou estar «a viver num ambiente horrível e que não permite dar continuidade ao que prometi aos castromarinenses. Inicialmente pensei que seria alguma turbulência motivada pelos resultados eleitorais, mas os sucessivos boicotes e atrasos nas obras que são urgentes e necessárias só me permitem dizer aos munícipes que a situação está insustentável e que temos de dar uma nova esperança ás pessoas. Todos os dias recebo reclamações de cidadãos que não se identificam com esta forma de estar na política e, não sendo possível alterar de outra forma, terei de ir a eleições já no início do próximo ano».