Economia

CCDR reafirma apoio estratégico à agricultura algarvia

José Apolinário - presidente da CCDR Algarve
José Apolinário - presidente da CCDR Algarve  
Decorreu na passada quarta-feira, em Albufeira, o 6º balanço de campanha dos citrinos, uma organização conjunta da AlgarOrange – Associação de Operadores de Citrinos do Algarve e do Centro Operativo e Tecnológico Hortofrutícola Nacional, Centro de Competências (COTHN-CC).

PUB

O balanço de campanha é um dos momentos mais aguardados pelos profissionais do setor dos citrinos onde se discutem os resultados da última campanha e se projetam as tendências para a campanha que se inicia.

Na sessão de abertura, José Apolinário, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve, destacou a colaboração entre a CCDR e o setor, patente no estudo da EY “O Valor Económico da Agricultura no Algarve”, sendo o segundo setor de especialização regional — a seguir ao turismo — registando um crescimento expressivo da produtividade (+57% no VAB agrícola entre 2014 e 2023) e um papel determinante na mitigação dos impactos da pandemia, representando 38% da superfície agrícola regional e 76% da produção nacional.

Em comunicado, a CCDR refere que o tema da água assumiu particular destaque ao longo do encontro, centrando o debate sobre a necessidade de transformação na gestão hídrica e na inovação tecnológica bem como da reutilização da água, também na agricultura. As várias intervenções convergiram na importância da “Estratégia Água que Une” enquanto instrumento estruturante para o futuro da agricultura regional.

José Apolinário reafirmou o compromisso da CCDR Algarve, em especial dos serviços regionais de agricultura e pescas, em trabalhar com o setor, designadamente num futuro projeto conjunto de 
pré-adesão das empresas aos princípios e regras ESG – Sustentabilidade Ambiental, Social e de Governança das empresas do setor agrícola da região. 

Quanto ao balanço de campanha dos citrinos 2024/25, o comunicado adianta que conclui-se que na campanha passada houve uma diminuição da produção relativamente à campanha anterior, uma campanha com um quantitativo médio baixo e que na campanha que agora inicia prevê-se um aumento da produção, ainda assim ligeiramente abaixo de uma campanha média. Em debate também estiveram os temas da importação e exportação, consumo e comercialização de citrinos, preços, fatores que influenciaram a produção, sanidade vegetal, bem como dos aspetos positivos da campanha e desafios futuros em especial em torno da água, da disponibilidade de mão de obra e da sustentabilidade.