Política

CDS-PP acusa Esquerda de inviabilizar Projeto de Resolução para redução do custo das portagens na A22

O CDS-PP considera que a segurança rodoviária, o bem-estar das populações e o crescimento económico continuarão a estar postos em causa enquanto as obras na EN-125 não terminarem.

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As esquerdas – PS, PCP, BE e PEV – inviabilizaram hoje, no Parlamento, o Projeto de Resolução do CDS-PP que defendia a conclusão das obras de requalificação da EN-125 abrangidas pelo contrato da subconcessão Algarve Litoral, e a redução imediata, em pelo menos 50%, no custo das portagens da A22 até que as obras de requalificação da EN 125 estivessem concluídas.
 
Segundo o CDS-PP, considerando que atualmente, a EN-125 não é uma alternativa aceitável à A22, e que a introdução de portagens nas autoestradas concebidas para serem gratuitas para o utilizador, pressupõe que exista, pelo menos, uma alternativa adequada e proporcionada, os deputados do CDS-PP referem que é fundamental proceder a escolhas que, não pondo em causa a sustentabilidade financeira do País, possam contribuir para melhorar a qualidade de vida de todos habitantes e visitantes do Algarve.
 
Os deputados destacam que a população, permanente ou temporariamente, residente no Algarve não tem atualmente assegurada uma mobilidade, e sem custos diretos, que seja condigna e em sintonia com os padrões exigíveis a um país desenvolvido. No acesso ao trabalho ou ao descanso, no acesso aos cuidados de saúde ou à cultura, no transporte individual ou de mercadorias, os utentes têm que escolher entre pagar portagens muito significativas (na Via do Infante) ou demorar um tempo intolerável (na atual EN-125) para atingir o seu destino, e exemplificam que o simples trajeto de 25 quilómetros entre Albufeira e Portimão pode demorar mais de 2 horas, ou num dia normal, percorrer os 54 quilómetros entre Faro e Vila Real pode demorar 3 horas. 
 
O CDS-PP considera, por isso, que a segurança rodoviária, o bem-estar das populações e o crescimento económico continuarão a estar postos em causa enquanto as obras na EN-125 não terminarem, contribuindo-se assim para o aumento da sinistralidade, mas também para a proliferação de uma imagem negativa de uma região habituada a oferecer "elevadíssimas qualidades".