Política

CDS-PP de Portimão acusa Governo de se esquecer do Barlavento algarvio

 
Na sequência do projeto apresentado pelo primeiro-ministro, no âmbito da iniciativa "Governo + Próximo" no distrito de Faro, com o metro de superfície que irá ligar Olhão, Faro e Loulé, numa extensão de 38 km, o CDS-PP de Portimão refere em comunicado, "que uma vez mais o Barlavento algarvio ficou esquecido como já tem sido a práxis dos sucessivos governos".

Apesar de considerar um projeto bastante apelativo, que irá contribuir para o desenvolvimento do setor da mobilidade no Algarve, "nem que seja para menos de metade da região", os centristas acrescentam que "se for implementado pela mão dos sucessivos executivos socialistas muitas promessas foram feitas, e ainda se aguarda o começo de pelo menos uma delas", dando o exemplo do Hospital Central.
 
Para o partido, a região algarvia "padece de graves problemas", referindo-se à mobilidade, considerando tratar-se de "um problema crónico". Sobre a ferrovia: "somos orgulhosos proprietários de carruagens antigas e poluentes que circulam numa linha velha, parte dela ainda por eletrificar, que não responde, de todo, às necessidades do distrito", critica. 
 
Quanto ao transporte rodoviário, considera que o mesmo é "deficitário" porque, não responde às necessidades dos residentes na região. "As soluções acabam por recair no transporte privado, e até aqui os governos têm falhado miseravelmente, onde existem duas opções para a mobilidade, a Estrada Nacional 125, e a A22".
 
Sobre a A22, o CDS diz aguardar pela prometida descida dos preços "que o governo teima em não implementar, e para o comum do cidadão, que na falta das demais opções, tem de recorrer à EN125, quando esta não é solução de todo".
 
O centristas lembram ainda que a região padece de outros "problemas estruturais", salientado a escassez de funcionários públicos, de profissionais da saúde e da educação, a precariedade laboral causada pela sazonalidade do setor hoteleiro, a dependência deste setor para a sobrevivência da região, a habitação a preços exorbitantes, e a carência desta por falta de respostas da Administração Pública, além da seca extrema.