Sociedade

Centro de Medicina e de Reabilitação do Sul volta a ter gestão privada

Entregue à gestão da Administração Regional de Saúde (ARS) desde novembro de 2013, o Centro de Medicina e de Reabilitação do Sul, em São Brás de Alportel, tem vindo a perder capacidade de resposta face às necessidades da população da região e do país, frisa nota de imprensa da autarquia de S. Brás de Alportel.

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Na atualidade o Centro depara-se com a escassez de profissionais e de meios, funcionando o internamento apenas a 50% da sua capacidade e o ambulatório a 30%, entre muitos outros constrangimentos, adianta a mesma nota.
 
Perante esta situação e após solicitação de reunião com o Ministro da Saúde, no passado dia 12 de maio, "sem qualquer resposta, apenas o encaminhamento da mesma para o Secretário de Estado da Saúde", o Presidente da Câmara Municipal de São Brás de Alportel solicitou uma reunião à entidade gestora do espaço,a ARS, a fim de avaliar o ponto de situação do funcionamento desta unidade de saúde.
 
A reunião decorreu hoje, no referido Centro e contou com a participação do Presidente da Câmara Municipal, Vitor Guerreiro, o Presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve- AMAL, Jorge Botelho, o Presidente da Câmara Municipal de Loulé, Vitor Aleixo, entre outros autarcas locais e o representante da Administração Regional de Saúde, Nuno Ramos.
 
O edil são-brasense Vitor Guerreiro foi o primeiro a intervir, manifestando a sua "profunda" preocupação sobre o funcionamento deficitário que o Centro apresenta. 
 
Vitor Guerreiro questionou sobre a demora na resolução de um problema que se arrasta há 2 anos. “As respostas e garantias que nos foram dadas há 2 anos infelizmente ainda não se concretizaram, esta demora numa resposta célere está a degradar as condições de funcionamento do Centro. É impreterível resolver esta situação o quanto antes… é a saúde dos cidadãos que está em causa!”
 
Jorge Botelho, Presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve, sublinhou ainda que “O Centro está a morrer aos poucos… há mais de um ano que se fala na abertura do concurso para a adoção de um novo modelo de gestão, mas até à data ainda não aconteceu nada… uma demora excessivamente longa quando se fala num bem essencial e de direito que é a saúde.”
 
Nuno Ramos, vogal da ARS e responsável pelo Centro justificou a situação por questões burocráticas associadas à contratação de pessoal, sublinhando que foi pedida uma autorização excecional para contratação e que esta foi aceite para a necessidade de 32 profissionais de saúde, contudo atualmente já saíram mais 12 profissionais, cuja reposição não foi contemplada nessa autorização.
 
Face às questões relacionadas com o modelo de gestão, adiantou que até ao final do mês de agosto será aprovado em Conselho de Ministros a concessão desta unidade hospitalar num Concurso Público Internacional, para que possa vir a ter uma gestão privada.