Daqui a pouco mais de um ano vai nascer em pleno centro da cidade, junto ao Mercado da Av. S. João de Deus, um novo espaço verde e de lazer com cerca de 12 mil m2, que se juntará ao parque de estacionamento que acaba de entrar em funcionamento, num investimento global na ordem de 1,4 milhões de euros, verba inteiramente suportada pelo Município de Portimão.
Em nota enviada à comunicação social, a autarquia aponta que a primeira fase de requalificação da zona, que integrou a criação de 130 novos lugares de estacionamento gratuito destinados sobretudo para servir o Mercado, a Escola Secundária Manuel Teixeira Gomes e o Cemitério de Portimão, foi dada por concluída esta segunda-feira, 10 de janeiro, tendo custado aos cofres autárquicos cerca de 400 mil euros.
Para a segunda fase do projeto, num investimento de um milhão de euros, IVA incluído, está previsto instalar na área, um quiosque, uma zona de ‘street workout’ e um pequeno anfiteatro que poderá acolher eventos públicos e iniciativas promovidas pela Escola Secundária Manuel Teixeira Gomes, que está situada numa das extremidades do futuro espaço público.
Além da criação de mais 37 lugares de estacionamento gratuito na Rua dos Bombeiros Voluntários e do alargamento dos atuais passeios que o circundam, o novo espaço irá exibir, um elemento metálico construído para o efeito, as cantarias manuelinas da Quinta do Morais, atualmente guardadas no Museu de Portimão, sendo recuperada igualmente a nora e o respetivo tanque, além de mantidas duas oliveiras com algumas centenas de anos.
O projeto que prevê o recurso a vegetação autóctone, com baixa necessidade de consumo de água, e iluminação por sistema LED, terá a abertura do respetivo concurso ainda este mês de janeiro, com um prazo de execução de nove meses.
Realativamente às 28 famílias de etnia cigana que residiam no local, num total superior a uma centena de pessoas, foram realojadas em casas pré-fabricadas na zona de Vale da Arrancada, contando com o apoio de um gabinete composto por dois técnicos de ação social da autarquia, que acompanharão o respetivo processo de integração.
No ato da apresentação do projeto, Isilda Gomes agradeceu “o empenho da equipa de vereadores, que acompanharam permanentemente a equipa de todo o processo, bem como aos técnicos envolvidos de corpo e alma neste projeto”, referindo tratar-se da “concretização de um sonho ver o terreno nesta forma.”
“A partir de agora passarei a sonhar com o dia em que o vir já reabilitado e à disposição de todos, contrariando a ideia lançada nas redes sociais de que nunca iríamos erradicar as barracas existentes há tantas décadas e que isto não passaria de uma promessa”, salientou a autarca, para quem “o que queremos é criar espaços de lazer como este, onde as pessoas possam sentir uma certa liberdade, sem a pressão dos prédios em cima, para que possam correr, andar, até ler, pois existem vários espaços que permitem a leitura e o descanso, em pleno centro da cidade.”
Segundo indicou a autarca: “contas feitas, as duas fases deverão custar-nos qualquer coisa como 1,4 milhões de euros e, caso haja resposta pronta por parte das empresas, talvez possamos inaugurar o novo parque a 11 de dezembro, no Dia da Cidade deste ano, embora ache isso muito difícil, ou então no 25 de Abril de 2023”, afirmou.
