Sociedade

Cerca de uma centena em marcha contra austeridade no Algarve

Cerca de 100 pessoas participaram hoje numa marcha promovida pela central sindical CGTP-IN entre o Parchal, no concelho de Lagoa, e a cidade de Portimão, em protesto contra a austeridade.

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Entoando palavras de ordem contra o Governo e empunhando cartazes onde se lia «Mudar de política, mudar de Governo» e «A luta continua, Governo para a rua», os manifestantes partiram cerca das 17:30, da zona do Parchal, atravessando a pé a ponte rodoviária que liga aqueles dois concelhos do Algarve, obrigando ao condicionamento do trânsito.
 
Amélia Vaz, professora desempregada, há cerca de dois anos, disse à agência Lusa que «é tempo de dizer chega à austeridade» e que «só o Governo não vê que o país se está a afundar cada vez mais nas políticas erradas que têm sido implementadas».
 
«As pessoas estão cada vez mais pobres, o desemprego aumenta e há muita gente que não tem dinheiro para comer e nem perspetivas de vida», sublinhou a professora.
 
Carlos Conduto, funcionário público, também criticou «as políticas do Governo», observando que «o país precisa fazer alguma coisa para travar os cortes anunciados para o próximo ano».
 
«As pessoas estão desesperadas, algumas não têm para comer nem para dar aos filhos. É drástico», destacou.
 
«Governo e Passos para a rua» foram as palavras de ordem mais ouvidas durante a marcha de protesto que juntou professores, funcionários públicos e reformados, sempre vigiados de perto pela Polícia de Segurança Pública.
 
A marcha de «Protesto, indignação e luta» promovida pela CGTP-IN terminou no largo da Câmara Municipal de Portimão.