Por ocasião do Dia Internacional da Pessoa Idosa, celebrado esta segunda-feira, 1 de outubro, o Município de Portimão prestou homenagem a sete cidadãos centenários que vivem no concelho, num almoço que teve lugar na sala de descabeço do Museu de Portimão.
Em nota de imprensa, o Município avança que do grupo de centenários homenageados fazem parte António Boaventura (103 anos), Judite Cruz (100 anos), Adélia Conceição (106 anos), Maria Joaquina (100 anos), Daniel Nobre (101 anos), Ana Maria Furtado (101 anos) e António Barroso (100 anos).
Para além de familiares e cuidadores dos centenários homenageados, o almoço contou com a presença da presidente da Câmara de Portimão, Isilda Gomes, acompanhada pelos seus colegas de executivo, do presidente da Assembleia Municipal e dos presidentes de Junta das freguesias de Portimão, Alvor e Mexilhoeira Grande, que se associaram a esta homenagem.
Na ocasião, Isilda Gomes considerou estes “centenários +” como “representantes da história de Portimão, do passado e do presente”, tendo agradecido “com todo o carinho tudo aquilo que fizeram pela comunidade”. “Portimão é uma cidade inclusiva e está aqui para vos ajudar em tudo o que precisarem”, assegurou ainda a autarca.
Alguns do homenageados tiveram oportunidade de partilhar memórias e expressar os seus sentimentos e experiências de vida, revelando um pouco do segredo da sua longevidade.
Poe exemplo Daniel da Silva Nobre, que nasceu em Monchique no dia 21 de julho de 1918, viveu metade dos seus 101 anos na zona da Mexilhoeira Grande. “Sou um homem do campo, tenho medo do mar e nunca me atrevi a sair da terra, que tanto me deu”, esclareceu. Quanto à sua longevidade afirmou na ocasião “para além do que se arranca do chão com o nosso suor, o segredo melhor é comer, beber, trabalhar e não pensar muito nas agruras da vida. Mas o grande truque foi casar com uma mulher mais nova, para tratar bem de mim”.
Maria Perpétua que é a sua esposa com 94 anos afirmou que, “Somos casados há 76 anos e sempre nos aturámos bem um ao outro. Não há casa onde o sol não entre, como se diz, tivemos os nossos desentendimentos, mas quando não há concordância ficamos bem na mesma”.
Ambos residem na Aldeia de S. José de Alcalar e foram unânimes no elogio às condições existentes. “Tem muita coisa para a gente se entreter. Gostamos de ir passear fora e fazemos a nossa vidinha com toda a normalidade”, referiu o casal, que tem dois filhos homens, dois netos e uma bisneta.
Ainda no âmbito do Dia Internacional da Pessoa Idosa será inaugurada a partir de amanhã, 3 de outubro, na Casa Manuel Teixeira Gomes uma exposição de lavores onde, até final do mês, poderão ser apreciados os trabalhos desenvolvidos pelos utentes dos diferentes Centros de Convívio e Centros Comunitários do Município.