Sociedade

Cine-Teatro Louletano desvenda programação até dezembro com muitas novidades

O Cine-Teatro Louletano anunciou a sua nova temporada artística para o período entre setembro e dezembro deste ano.

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Em nota enviada à comunicação social, a autarquia de Loulé destaca que a programação do Cine-Teatro aposta "muito significativamente" na diversidade musical, com a presença de vários nomes internacionais de referência, bem como uma articulação estreita com vários eventos de reconhecido prestígio. 
 
A arte para a infância e o trabalho colaborativo com a comunidade escolar do Concelho continuam a ser áreas prioritárias. 
 
O Teatro abre a temporada, a 14 de setembro, com o monólogo “Todas as coisas maravilhosas”, com o ator Ivo Canelas, uma peça de humor mas que aborda temas sérios, escrita pelo britânico Duncan Macmillan, que já foi apresentada em diversos países.
 
A estreia no Sul da peça “Medeia”, da inquietante Companhia João Garcia Miguel (com a participação especial do pianista Mário Laginha a tocar ao vivo), a peça-performance “Olá, eu sou o Pai Natal”, por Tiago Barbosa (que inaugura uma nova rubrica denominada “Terças improváveis”), bem como a estreia nacional da peça “encanecer”, resultante da coprodução estabelecida entre as companhias louletanas Folha de Medronho e Mákina de Cena (no âmbito da Bolsa de Apoio ao Teatro 2019 lançada pela autarquia louletana), são outros destaques na área do Teatro. 
 
No que respeita à música, a mesma fonte revela que a programação assenta numa "declarada" aposta na multiplicidade de abordagens com propostas que abrangem os mais variados universos.
 
Destaca-se o espetáculo “Ópera Rocks”, uma história de amor clássica entre uma soprano e uma estrela rock, com a cantora Carla Pontes, o cantor e guitarrista Ray van Duijvenbode, a pianista Cristiana Silva e a narração a cargo de Mário Rui Filipe (produção da associação cultural Ideias do Levante), ou a estreia no Sul do novo disco dos Mão Morta, “No fim era o frio”. 
 
A nível internacional estão previstas estreias absolutas na região sul dos consagrados Tim Bernardes, uma das maiores revelações da nova música brasileira (Paulinho Lêmos assina a primeira parte deste concerto reinventando temas de compositores portugueses), e Jack Broadbent, figura de referência do mundo dos blues e mestre na técnica da slide guitar, com o músico algarvio Vítor Bacalhau a fazer a sua primeira parte (aqui em colaboração com a Associação de Blues do Algarve).
 
A Dança também irá subir ao palco como é habitual nas grelhas programáticas do Cine-Teatro Louletano, deste modo, a 13 de outubro será apresentado o espetáculo “Sentimentos argentinos”, com intérpretes de renome internacional a fundir o folclore tradicional com conteúdos ao nível da dança contemporânea, do flamenco e do tango. A par desta, uma proposta mais arrojada, com a estrutura portuense Circolando (que nunca se apresentou em Loulé) a estrear no Sul o espetáculo “Noite”, uma criação intimista e inquietante em torno da poesia de Al Berto. 
 
De destacar também o acolhimento de vários eventos de referência regional, nacional e internacional, entre os quais o FOMe – Festival de Objectos e Marionetas & Outros Comeres (entre 14 e 28 de setembro), a apresentação do Festival Verão Azul (na segunda quinzena de outubro), ou eventos de peso internacional como o 69.º Troféu Mundial de Acordeão (3 a 9 de novembro) e a Bienal Ibérica do Património Cultural (11 a 13 de outubro), esta última com duas encomendas de concertos, uma que junta o acordeonista Nelson Conceição a um ensemble da Banda Filarmónica Artistas de Minerva e a Cristina Paulo; e a outra ao reputado músico Rão Kyao, com músicos espanhóis e marroquinos.
 
No que toca à arte para a infância, destaca-se “Catamarã”, uma criação teatral de Ana Lázaro e Ricardo Neves-Neves, para crianças a partir dos oito anos de idade, e “A Menina do Mar”, um espetáculo de teatro musical com direção musical de Martim Sousa Tavares (neto da poetisa), no âmbito das comemorações do centenário do nascimento de Sophia de Mello Breyner, a ocorrer a 17 e 18 de novembro, um concerto que envolve o Grupo Coral Infantil de Loulé, composto por mais de 100 crianças, e um coletivo que integra Sérgio Godinho, Ana Bacalhau, Vitorino e Jorge Benvinda, para revisitar canções tradicionais do imaginário infantil no espetáculo “Canções de Roda, Lenga Lengas e Outras que Tais”, o qual acontece a 22 de setembro. Destaque também para uma alusão à introdução de um novo formato de oficinas de música para bebés e pais, com quatro sessões em outubro e novembro, dinamizadas pela Companhia Musicalmente. 
 
Em articulação com o Cine-Teatro, o Auditório do Solar da Música Nova, em Loulé, volta a receber projetos emergentes através do ciclo “Ilustres Desconhecidos” para o qual se contará, nesta temporada, com a apresentação do coletivo experimental de músicos sediados em Lagos, “Plasticine”. 
 
A vertente de reflexão e pensamento irá manter-se com os formatos “Conversas à Quinta” (com convidados como o coreógrafo Rui Horta e os músicos Filipe Raposo e Rita Maria) e “Dos Sabores da Cultura” (numa sessão dedicada a Filipa Faísca, figura incontornável da cultura tradicional louletana). 
 
A residência artística em Loulé da cantora Cristina Branco e a apresentação do reconhecido ensemble austríaco Trisonante na Fundação Manuel Viegas Guerreiro são dois exemplos da descentralização de eventos fora do eixo Lisboa-Porto.
 
De realçar ainda o espetáculo de stand up “Depois do medo”, com Bruno Nogueira, a 14 de novembro, e a encomenda realizada à Orquestra de Jazz do Algarve para a apresentação de um concerto inédito, a 1 de dezembro, em torno da obra da poetisa Sophia de Mello Breyner, a qual encerra as comemorações oficiais do seu centenário. 
 
Finalmente ainda há lugar para a RHI (Revolution_Hope_Imagination), uma iniciativa do Art Institute, sediado em Nova Iorque, que se pretende aceleradora de um novo diálogo entre a arte, a cultura e o negócio através de talks, workshops e espetáculos multidisciplinares, a qual encerrará a 21 de setembro precisamente em Loulé, trazendo a sul programadores internacionais e outros profissionais, e criando espaço em Loulé para a apresentação e valorização/promoção de projetos artísticos sediados no Algarve.