Na área do teatro, o município de Loulé faz saber em nota enviada ao Algarve Primeiro, que o mês começa com a estreia a sul da peça do Teatro Nacional D. Maria II “Catarina e a Beleza de Matar Fascistas”, de Tiago Rodrigues, trabalho que esteve em Roma em abril. Peça com audiodescrição e língua gestual portuguesa que chega a Loulé, dia 7 de maio às 21h00.
Pela Associação Folha de Medronho, sedeada em Loulé, sobe ao palco dia 15 às 17h00 “Adágio para Três Irmãs”. É um retrato que leva ao passado da sociedade russa, mais precisamente ao pré-revolução de 1917, que viria a instaurar o comunismo na URSS. Para ver no Solar da Música Nova.
A 20 de maio há “Fake”, pela Formiga Atómica. Uma peça que fala sobre as “fake news” (notícias falsas) e a dificuldade de destrinçar a verdade da mentira, explorando as tensões entre informação e desinformação. A peça é o culminar de uma semana dedicada ao tema, que arranca a 17, com oficinas, documentários e uma conferência.
A 22, outra peça de teatro integrada no Central Artes, projeto que envolve Loulé, Faro, Albufeira, Tavira, Olhão e Lagos. Trata-se de “Agentes Internos”, um jogo de perguntas com respostas improvisadas, a partir da experiência de vida de cada participante e com enfoque nas questões da sustentabilidade e alterações climáticas.
A fechar o mês na área do teatro, mas com uma forte componente de dança, “Hamlet, L’ Ange du Bizarre”, pela Companhia Útero. Peça que sobe ao palco a 28, pelas 21h00, assinalando os 25 anos da estrutura. Este Hamlet reescreve Shakespeare, retratando um autor caminhando só, em busca de si mesmo e da razão de existir.
Na música, maio traz ao Cineteatro Louletano pop, rock, ópera, música clássica e música eletrónica… para bebés. A 8 de maio, Pedro Abrunhosa estará em palco a solo, no seu regresso à estrada. A 13 de maio, uma ópera ou performance operática. “Cinco Formas de Morrer de Amor”, que inclui Audiodescrição (para pessoas com deficiência visual), leva a Loulé, a soprano Catarina Molder com um quarteto de cordas, num espetáculo que integra a música pop dos Clã e que pretende colocar a ópera ao alcance de todos os públicos.
A 15 de maio, o terceiro – e último – concerto Promenade desta temporada, pela Orquestra Clássica do Sul. Desta vez, a OCS apresenta “Strauss, de Viena para o Mundo”, trocando por miúdos as valsas do compositor austríaco Johann Strauss II (25 out. 1825 – 3 jun. 1899).
A 21 de maio, às 16h00, a Sociedade Filarmónica Artistas de Minerva dá um concerto para assinalar os seus 146 anos. E no mesmo dia, mas no Auditório do Solar da Música Nova às 18h00, tem lugar um concerto de música clássica pelos alunos do Conservatório de Música de Loulé – Francisco Rosado. Trata-se dos concertos “Crescendo”, eventos que acontecem no Solar da Música Nova aos terceiros domingos de cada mês.
De seguida, a 22, acontece um concerto para bebés e respetivos pais. “Eletrónica sem tempo” é apresentado por Carlos Caires, compositor e professor na Escola Superior de Música de Lisboa. Conhecido pelos trabalhos para orquestra e música de câmara contemplando a utilização de gravações magnéticas ou o uso de música eletrónica, Carlos Caires propõe-se juntar as memórias do passado com as “memórias do futuro”, para um programa musical dedicado aos mais ousados.
A fechar a música, a 29 de maio, a voz que vem do Brasil. Bia Ferreira, feminista e ativista dos direitos LGBTQI+, tem um estilo que define como MMP – Música de Mulher Preta. O concerto, no Cineteatro Louletano, serve de apresentação ao Festival MED ’22.
Na 7ª arte, para além dos documentários inseridos na “Fake Week” (“The Act of Killing”, 18 maio 21h00 e “Jogo de Cena”, 19 maio 21h00, no Solar da Música Nova), maio terá no Cineteatro Louletano uma estreia relacionada com… abril, mais concretamente com o 25 de abril de 1974.
Recorrendo ao novo projetor DCP de alta definição, com sistema Dolby Surround, será exibido “Salgueiro Maia – O Implicado”, filme português do realizador Sérgio Graciano e argumento de João Matos. O filme, que está patente nas salas de cinema terá uma exibição em Loulé, no dia 9 de maio às 21h00. Com um bónus: no final, o público pode conversar com o realizador, mas também com António Sousa Duarte, autor da biografia do Capitão de Abril.
No dia seguinte, a 10 de maio, pelas 21h00, no Auditório do Solar da Música Nova, será exibido o filme francês do mês, com “Les Éblouis”, de Sarah Suco. Cinema que fala sobre a infância, a família, a religião e a liberdade, em mais uma sessão deste ciclo mensal organizado pela Alliance Française, com o apoio do Cineteatro Louletano.
E como a intervenção do Cineteatro não se resume apenas aos espetáculos, inclui também, várias iniciativas na área da mediação, em contacto com públicos específicos como por exemplo as escolas. Será o caso, na área da Dança, da residência “Memorial do Convento – Do Movimento do Texto ao Corpo em Narrativa”, de 2 a 6 de maio, na EB 2/3 da escola D. Dinis em Quarteira, com turmas do 7º ano. Trata-se de uma parceria inédita com o Plano Nacional das Artes, em que o Cineteatro “adotou” a EB 2/3 D. Dinis em Quarteira. A residência culmina com uma apresentação na escola, para pais e professores.
Para quem gosta de teatro, entre 17 e 21 de maio, haverá a oportunidade de intervir e de participar numa verdadeira peça de teatro. Ao todo, serão selecionados 10 “agentes” para a peça “Agentes Internos”, que poderão participar num workshop de teatro e ser parte integrante da peça, promovida pela casaBranca e pelo projeto Central Artes.
Também na área do teatro, dentro da “Fake Week”, destaque para oficinas nas escolas, por Frederico Batista. Sessões entre 17 e 19 de maio em que os alunos terão de tentar destrinçar o que é verdadeiro ou falso, num olhar particular sobre as redes sociais.
A 19 de maio, às 18h00, no Cineteatro Louletano, recomenda-se a conferência “Falsas Conferências, Verdadeiras Conversas”, com a moderação da argumentista Inês Barahona”, num diálogo entre diferentes perspetivas acerca do verdadeiro e do falso nas áreas de ciência e jornalismo.
E por fim, a 25, workshop em Loulé sobre “Hamlet, L’ Ange du Bizarre”, peça que mistura teatro e dança da Companhia Útero, com o diretor da companhia, Miguel Moreira. Esta peça terá também uma sessão especial para escolas, no dia 27 de maio.