Cultura

Cineteatro Louletano vai passar a ter espetáculos acessíveis a pessoas com deficiência visual e auditiva

 
O Cineteatro Louletano passa agora a fazer parte de um conjunto restrito de estruturas que se comprometem a programar uma oferta regular de espetáculos acessíveis a todos, promovendo nomeadamente eventos com audiodescrição e/ou com interpretação em Língua Gestual Portuguesa.

Segundo adianta comunicado da autarquia, a audiodescrição destina-se a pessoas cegas, e implica a existência de auriculares e de uma cabine de locução, a partir da qual o(a) audiodescritor(a) “relata” o que se passa em palco. Já a língua gestual destina-se, ao público surdo, implicando normalmente a presença de intérpretes nos eventos, mas podendo também ser integrada no próprio espetáculo mediante, por exemplo, projeções de vídeo. 
 
Nesta fase inicial – que se pretende em breve vir a ser alargada a mais entidades – o Município refere que existem cinco estruturas aderentes: o Cineteatro Louletano, em Loulé, A Oficina, em Guimarães, o Teatro do Noroeste – Centro Dramático de Viana, em Viana do Castelo, o Teatro Municipal Baltazar Dias, no Funchal e o Teatro Municipal da Guarda.
 
Para este ano e o próximo, estão já previstos vários espetáculos “acessíveis”, em Loulé, nomeadamente teatro com a peça “Catarina ou a Beleza de Matar Fascistas”, de Tiago Rodrigues (Audiodescrição, em 2022, data a anunciar), o concerto de Capicua (a 7 de dezembro, 2021, Língua Gestual), Dança com “Os Três Irmãos”, de Victor Hugo Pontes (Audiodescrição, a 13 de março, 2022), “Pantera”, também na área da Dança, pela Companhia Clara Andermatt (Audiodescrição, a 9 de abril 2022) e Ópera, com “O Homem dos Sonhos”, de Miguel Loureiro, Jan Wierzba e António Chagas (Língua Gestual, maio 2022, data a confirmar).
 
Ao integrar a Rede de Teatros com Programação Acessível, coordenada pela associação Acesso Cultura – e que conta com o apoio do BPI e da Fundação “la Caixa” - o Cineteatro Louletano melhora as condições de acesso e a programação para pessoas com deficiência visual e para o público surdo, bem como para os seus familiares e amigos. Um outro objetivo da rede é o de criar melhores condições de acesso à programação cultural fora dos dois grandes centros urbanos, Lisboa e Porto, lê-se no mesmo documento.