Sociedade

Comboios a diesel que circulam no Algarve tentam aguentar-se até ao fim das obras

Entre 17 e 20 de dezembro, a CP sumprimu 20 comboios, sete dos quais entre Faro e Lagos e 13 entre Vila Real de Santo António e Faro. Só na passada quarta e quinta-feira foram suprimidos 15 comboios. Aos passageiros de, pelo menos, 16 destes comboios, não foi assegurado o serviço rodoviário de substituição, adianta o "Público".

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A situação torna-se ainda mais complexa, quando  em 21 das 30 estações e apeadeiros do Algarve "não há qualquer funcionário da CP ou da IP e por isso muitos passageiros ficam nas plataformas sem qualquer informação, à espera de um comboio que não chega", lê-se no jornal. 
 
Em resposta, a CP disse que a situação estaria normalizada com a chegada, esta sexta-feira, de mais duas automotoras vindas do Porto e de Lisboa. Atendendo que nesta época festiva, a CP vai suprimir dez comboios nos dias 24 e 25 de dezembro, as restantes operações deverão está asseguradas. 
 
Segundo o "Público", a região do Algarve é servida por uma frota envelhecida composta por automotoras a diesel que entraram ao serviço entre 1965 e 1966. Apesar da remodelação profunda de que foram alvo em 1999, as unidades circulantes deparam-se com problemas de manutenção, levando as composições a visitas frequentes à oficina.
 
A CP explicou que este problema não se resolverá, enquanto as obras na linha regional não terminarem. De acordo com o Ferrovia 2020, a Linha do Algarve (que já está electrificada entre Tunes e Faro) deveria ter os troços Vila Real de Santo António-Faro e Tunes-Lagos concluídos no primeiro semestre de 2021, mas só no segundo semestre desse ano é que as obras começaram no troço a Sotavento. No Barlavento, entre Tunes e Lagos, as obras só começaram em junho de 2022. As duas frentes de obra estão atrasadas e a IP não se compromete com nenhuma data para a sua conclusão, avança a mesma publicação.
 
Com as obras concluídas, não está garantida uma grande redução do tempo de viagem, porque as obras não vão mexer nas infraestruturas da via. A vantagem é que serão substituidas as obsoletas carruagens a diesel, por tração elétrica, mais amigas do ambiente e com menos avarias.