Uma significativa parte dos pequenos comerciantes algarvios, não acredita nos benefícios dos sorteios do governo e, até critica a medida com ironia.
Para este grupo de trabalho que reúne restaurantes, lojas e cafés, esta medida apenas está a esconder quem realmente foge ao fisco em Portugal, “que são aqueles grandes grupos que contratam “bons” fiscalistas e que conseguem contornar o sistema”.
No entanto, segundo os mesmos, “o governo está a passar a imagem que, a grande fuga ao fisco passa pelos pequenos comerciantes que acabam por ser rotulados, quando os grandes é que levam a melhor parte”.
Alguns profissionais na área da restauração temem que, no Verão, com o aumento do número de turistas, o caos se instale em pequenos estabelecimentos, já que “com a loucura das bombas que bebem muita gasolina, os turistas vão querer todos fatura e teremos de contratar um empregado só para fazer esses registos com número de contribuinte”.
Por outro lado, os mais jovens “ainda têm o sonho de tirar a carta e de andar a circular nas ruas algarvias com um carrão e, estão a aderir.
Mas a maioria da malta deixa os talões do café e de outras pequenas compras em cima do balcão para nós deitarmos fora. Esses já sabem que não conseguem sustentar as bombas que o governo tem para oferecer e por isso não entram em cantigas”.
Entre quem se preocupe com a situação, quem lamente a iniciativa e quem reclame, a ideia dos sorteios ainda não foi bem acolhida pelos pequenos comerciantes da região que insistem que não fogem ao fisco; que têm a sua contabilidade organizada e as contas em dia mesmo com muitas dificuldades.
