A Comissão de Utentes da Linha do Algarve promoveu esta tarde junto à Estação Ferroviária de Olhão, mais uma concentração de forma a alertar para os problemas da Linha do Algarve, "que enfrenta um dos piores momentos da sua história" conforme diz.
O Algarve Primeiro falou com Ana Tarrafa da Comissão de Utentes, esperando que o novo ano traga novidades, «que 2018 seja o último ano negro da ferrovia na região e que os algarvios, tenham efetivamente, uma linha digna».
Quanto à intenção do Governo de investir na ferrovia e em material circulante com a compra de 22 composições regionais, Ana Tarrafa, adiantou ao nosso jornal que «é sempre uma boa notícia, mas também sabemos que a linha do Algarve não é a única linha regional que está a necessitar de investimento, acredito que poderão existir outras linhas que possam estar em piores condições, mas 22 composições, é manifestamente insuficiente dado o estado das composições que circulam atualmente».
A membro da Comissão fala em atrasos nos comboios, mais atenção na limpeza, frequentes supressões de horários e de composições.«Ainda ontem falei com um senhor que me disse que esteve aqui à espera hora e meia pelo autocarro que veio de Vila Real de Stº António, para substituir o comboio, o que é preocupante, ou as pessoas começam a chegar 2 horas mais cedo ao trabalho, ou então chagam atrasadas, com as devidas consequências que isso pode trazer», evidenciou.
Ao promover este tipo de ações, a Comissão de Utentes da Linha do Algarve defende que os problemas sejam resolvidos já em 2019, e que não se espere pela eletrificação da linha, «como alguns responsáveis políticos defendem», prometendo que não irá desistir até que as reivindicações sejam respondidas pelo Governo.