A Comissão de Utentes da Via do Infante congratula-se com o facto de, mais uma vez, serem apresentadas propostas na discussão de especialidade do Orçamento de Estado para 2019, para a eliminação das portagens no Algarve.
Em nota enviada à comunicação social, a Comissão de Utentes adianta que teve conhecimento que os Grupos Parlamentares do Bloco de Esquerda e do PCP apresentaram propostas nesse sentido, à semelhança de anos anteriores.
A Comissão de Utentes reitera que as portagens são um "erro crasso, que tem afetado de forma muito negativa o Algarve. Não só em termos económicos, sociais e financeiros, mas também em termos de mobilidade".
E vai mais além referindo que a PPP da Via do Infante, "é o maior crime económico e financeiro que se pratica na região, com o Estado a transferir anualmente para a concessionária privada mais de 30 milhões de euros, para além da cobrança das taxas de portagem".
Mas é no campo da sinistralidade rodoviária que a CUVI mais se insurge, dando a conhecer os últimos dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, que dizem que desde 1 de janeiro deste ano e até 21 de novembro, já ocorreram no Algarve 9 676 acidentes de viação, com 33 vítimas mortais e 180 feridos graves, (mais 6 mortos e mais 6 feridos graves do que no mesmo período do ano anterior e mais 5 mortos e mais 32 feridos graves do que em relação em 2017).
Pelo terceiro ano consecutivo, o Algarve vai ultrapassar este ano, de novo, a fasquia de 10 000 acidentes, o que para a Comissão de Utentes, "é uma desgraça e uma vergonha monumentais, na principal região turística do país, da responsabilidade de PS, PSD e CDS que persistem em manter portagens aberrantes".