Sociedade

Conferência aborda “Inquisição e atividade económica em Loulé na primeira metade do Sec. XVIII”

Bruno Lopes apresenta, no próximo dia 21 de janeiro, pelas 15h00, no Arquivo Municipal de Loulé, a conferência “Inquisição e atividade económica em Loulé na primeira metade do século XVIII”, integrada no Ciclo “O Documento que se segue”.

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Conforme descreve nota da autarquia, em Portugal, são, relativamente, escassos os estudos sobre a desigualdade de rendimento entre a população, pese embora a existência de uma fonte extraordinária para o seu cálculo, praticamente rara a nível europeu, a décima militar. Trata-se de um imposto criado em 1641 sobre o trabalho, património imóvel e capital a juros que permite perceber, entre outras coisas, se as sociedades eram muito desiguais. Este é um dos aspetos que se pretende analisar com este trabalho. 
 
O exercício que se pretende desenvolver parte desta fonte, para caracterizar a vida socioeconómica da vila de Loulé, na primeira metade do século XVIII. As sociedades da Época Moderna (sécs. XV-XVIII) eram, profundamente, desiguais e essa desigualdade ostentava-se marcando a diferença. Por isso, decidiu-se fazer um recorte nos vários grupos sociais e analisar um em concreto mais aprofundadamente: os familiares do Santo Ofício. Eram agentes leigos da Inquisição e atuavam, localmente, e em nome do Tribunal da Fé. Em teoria, eram homens abastados e desempenhavam cargos nas instituições locais, o que fazia deles membros da elite local. Pretende-se, deste modo, analisar se em Loulé também se verifica este cenário.
 
Bruno Lopes é licenciado em História – Ramo de Património Cultural, pela Universidade de Évora (2008). Na mesma instituição, concluiu o mestrado em Gestão e Valorização do Património Histórico e Cultural, em 2012. É bolseiro de investigação científica desde 2009, sendo atualmente doutorando da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (SFRH/BD/84161/2012), com a dissertação «Os Pilares Financeiros da Inquisição Portuguesa. 1640-1773». É membro do Centro Interdisciplinar de História, Culturas e Sociedades da Universidade de Évora e do Centro de Investigação Transdisciplinar «Cultura, Espaço e Memória» da Universidade do Porto.
 
Esta iniciativa tem entrada livre.
 
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