Ao contrário da distrital do Porto, que decidiu não levar a este congresso do PSD, que decorre este fim-de-semana em Lisboa, a sua tradicional moção pró-regionalização, por entender que o país não está em condições de fazer essa reforma, a distrital social-democrata de Faro anunciou que se vai bater por convencer os companheiros de que urge criar uma região-piloto, no Algarve.
Segundo o "Público", a “proposta temática” aprovada pelos sociais-democratas algarvios defende que, numa altura em que “Portugal está prestes a concluir, com êxito, o Programa de Ajustamento Económico e Financeiro”, o PSD deve “avançar com propostas que permitam a aproximação do Estado aos cidadãos”. E, para o PSD-Algarve, “a regionalização (…) é, indiscutivelmente, a reforma que permitirá interromper e, progressivamente inverter, a tendência crescente para uma maior centralização do processo decisório por parte do Estado.”
Segundo a proposta dos sociais-democratas algarvios, o fim do programa de ajustamento é mesmo “a oportunidade ideal para reformar o Estado não só de forma pontual mas de forma permanente e aprofundada”.
O documento preconiza que o partido assuma, no programa eleitoral para as legislativas de 2015, o compromisso de avançar com o processo de regionalização do país, mas também sublinha que a concretização dessa reforma deve assentar “no princípio da prudência”, avançando-se, “num primeiro momento, para a região-piloto do Algarve” – o que implica alterar a Constituição.