Sociedade

Consultas do pé diabético nos Centros de Saúde do Algarve em 2020

A ARS Algarve vai criar quatro consultas do pé diabético nível 1 nos Agrupamentos de Centros de Saúde da região a partir de 2020.

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O anúncio foi feito pelo Presidente do Conselho Diretivo da ARS Algarve, Paulo Morgado, na cerimónia de tomada de posse das três Unidades Coordenadoras Funcionais da Diabetes da região para o triénio 2019-2022 que decorreu na passada segunda-feira, na sede da ARS Algarve, na presença da Diretora do Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Diabetes da Direção-Geral da Saúde, Sónia Vale, e do Coordenador Regional do Programa de Prevenção e Controlo da Diabetes no Algarve, Carlos Godinho. 
 
«A diabetes é uma verdadeira epidemia silenciosa que afeta cada vez um maior número de pessoas e que se reflete em inúmeras complicações, nomeadamente, nas altas taxas de amputações. Esta problemática convoca-nos a todos para uma intervenção cada vez maior nesta área para prevenir melhor, para tratar melhor e com isso evitar a progressão da diabetes na nossa população», defendeu Paulo Morgado, anunciando que «a ARS Algarve vai disponibilizar em toda a região no inicio do próximo ano quatro consultas de pé diabético de nível 1 nos nossos ACeS: duas no AceS Central, uma no ACeS Sotavento e outra no ACeS Barlavento. Estamos a adquirir o equipamento necessário e os ACeS estão a trabalhar neste momento para organizar os espaços e a identificar os profissionais que vão operacionalizar estas consultas». 
 
Reconhecendo que «o segredo para o sucesso destas consultas vai passar pela acessibilidade», o Presidente da ARS Algarve sublinhou ainda que a criação destas consultas nos cuidados de saúde primários «assume um papel fundamental para reduzir o número de amputações nos doentes com a diabetes na região e permitir um acompanhamento mais próximo destas pessoas». 
 
Opinião partilhada pelo Coordenador Regional do Programa de Prevenção e Controlo da Diabetes no Algarve, Carlos Godinho, para quem «a criação destas consultas vão permitir uma melhor a abordagem dos cuidados ao doente com pé diabético».    
 
Por seu lado, a Diretora do Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Diabetes da Direção-Geral da Saúde, Sónia Vale, destacou o importante papel que as Unidades Coordenadoras Funcionais da Diabetes, que agora tomam posse, podem assumir para ajudar na criação destas consultas e, sobretudo, na implementação de medidas de prevenção e ao controlo da diabetes a nível local.    
«As Unidades Coordenadoras Funcionais da Diabetes são estruturas extremamente importantes e decisivas na persecução do Programa de Prevenção e Controlo da Diabetes, e por isso, estamos a apostar na sua reativação em todo o país», referiu .
 
Para a Diretora do Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Diabetes da DGS, «estas Unidades, ao incluírem médicos e enfermeiros dos cuidados de saúde primários, dos cuidados hospitalares e da saúde pública, permitem ultrapassar o espaço físico em que trabalham, quebram uma série de barreiras, agilizam a comunicação entre os diversos níveis de cuidados e a possibilidade de poderem incluir também parcerias com outras entidades da comunidade, tornam-se essenciais para implementar medidas a nível local para prevenir a doença e evitar as complicações causadas pela diabetes que diminuem a qualidade de vida dos nossos doentes. A ideia é não só prolongar a vida mas sobretudo aumentar a qualidade de vida e número de anos de vida saudável das pessoas». 
 
Assim sendo, no decorrer da cerimónia que contou com a presença da Direções Executivas e representantes dos Concelhos Clínicos e da Saúde dos três ACeS, da Direção de Enfermagem do Centro Hospitalar Universitário do Algarve, tomaram formalmente posse os profissionais de saúde que vão integrar as três Unidades Coordenadoras Funcionais da Diabetes da região do Algarve no triénio 2019-2022.  
 
Segundo avança a ARS Algarve em nota de imprensa, as Unidades Coordenadoras Funcionais da Diabetes, integram estruturas multidisciplinares com médicos e enfermeiros dos cuidados de saúde primários e hospitalares, tendo como principal objetivo reforçar a articulação e o trabalho em rede, através da definição de objetivos e procedimentos comuns, para agilizar as respostas necessárias a uma intervenção atempada nos diversos níveis de cuidados de saúde primários e hospitalares da Região.
 
Devem, ainda, assegurar a coordenação necessária entre os diferentes níveis de cuidados, contribuindo para as metas regionais no que refere às consultas autónomas de diabetes nos ACeS e no Centro Hospitalar Universitário do Algarve.