Economia

Contas do Município de Faro com supervit de 4 milhões em 2017

O Município de Faro viu aprovadas por maioria, na reunião da Assembleia Municipal de ontem à noite, as contas relativas ao exercício de 2017.

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Os documentos mereceram o voto positivo da bancada da coligação (PSD, CDS, MPT e PPM) e PAN e a abstenção de todos os outros grupos municipais, informou este sábado a autarquia.
 
Segundo comunicado do Município, "o balanço permite concluir que a situação económica e financeira da autarquia foi substancialmente melhorada em 2017, na continuação de todo o trabalho desenvolvido nos últimos anos que permitiu resgatar a autarquia dos constrangimentos provocados pelo Plano de Reequilíbrio Financeiro e PAEL, integralmente liquidados o ano passado".
 
No exercício de 2017 realça-se um saldo de gerência positivo em cerca de 4.392.897,11€, de que a autarquia poderá dispor na totalidade após a sua acomodação no atual exercício orçamental. 
 
O mesmo documento refere que em 2017 foi possível baixar o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) de 0,50% para 0,45%, o que representou uma diminuição da receita de 1.453.599,30 €, que foram injetados na economia local – para 2018, o IMI desce mais 0,05%, fixando-se agora nos 0,40%.
 
Outro aspeto a merecer atenção do Município tem a ver com a execução do orçamento, que apresenta taxas de quase de 100% - a receita cifra-se em 99,45% e a despesa em 92,33%,"sinal de que, também em matéria orçamental, a autarquia dispõe hoje de um capital de credibilidade assinalavelmente superior ao que patenteava num passado recente". N
 
No que respeita à dívida de balanço a terceiros de médio e longo prazo, esta cifrou-se nos 25.519.044,87€, o que fica abaixo dos valores de 2016 (34.588.019,47€). 
 
Para esta diminuição, contribuiu em grande medida o pagamento integral da dívida do empréstimo de reequilíbrio financeiro, com recursos próprios do Município, no montante de 4.936.289,80€. Já a dívida a terceiros de curto prazo ficou, em 2017, nos 702.456,96€, substancialmente menos do que os 2.547.645,81€ de 2016. 
 
Para o Presidente da Câmara, o balanço é muito positivo. Rogério Bacalhau considera que «o exercício de 2017 mostrou que as contas da autarquia se encontram no ponto mais saudável desde que a crise internacional e um conjunto de opções erradas nos atiraram para o processo de reequilíbrio financeiro que tivemos que enfrentar a partir de Outubro de 2010». 
 
Segundo o autarca, os números têm duas leituras: «Se é verdade que estes resultados são o reflexo da recuperação económica local e nacional, não é menos verdade que, em grande medida, eles assentam também numa gestão municipal rigorosa, exigente e com disciplina orçamental, realizada em parceria com as freguesias do concelho e em proximidade com as associações e os nossos munícipes».