Sociedade

Contingência: Presidente do Moto Clube de Faro apreensivo com possibilidade de cancelamento da concentração

Os ministérios da Defesa Nacional, da Administração Interna, do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, da Saúde, do Ambiente e Ação Climática e da Agricultura e da Alimentação determinaram esta segunda-feira por despacho a Declaração da Situação de Contingência em Portugal continental.

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No despacho lê-se que, "A Situação de Contingência abrange o período compreendido entre as 00h00 horas do dia 11 de julho e as 23h59 horas do dia 15 de julho". No fim de semana, estão previstos dois grandes eventos: a concentração de Faro entre 14 e 17, e o festival Super Bock Super Rock, na aldeia do Meco, ambos em zonas florestais.
 
Em declarações aos jornalistas, o primeiro-ministro António Costa referiu que "são contingências a que todos estamos sujeitos, o que não podemos é ter o risco de aumentar a probabilidade de haver qualquer tipo de descuido".
 
"Há uma proibição geral de qualquer atividade desenvolvida em qualquer zonas florestais. Neste momento, o ministro da Administração Interna está em contacto com os organizadores desses eventos para assegurar que a parte desses eventos que ocorrem em zona florestal não ocorram por forma a que não se ponha em perigo esta situação. Obviamente, que nestas situações climáticas não é possível abrir uma exceção. É necessário reajustar esses eventos", sustentou.
 
António Costa sublinhou que há "setores que durante estes dois anos de pandemia estiveram impedidos de funcionar", mas "é preciso termos cuidado, conforme tivemos para controlar a covid".
 
O Algarve Primeiro, falou com o presidente do Moto Clube de Faro, referindo que o autarca de Faro, Rogério Bacalhau, tem estado em contacto com vários ministérios do Governo, para que seja ultrapassado o constrangimento. 
 
José Amaro reconheceu que «tal como fizemos com a Covid, primeiro estão as pessoas, mas agora neste momento, está muita coisa em jogo, vamos ter, ainda hoje, uma reunião com o presidente da Câmara de Faro, para ponderar vários factores». 
 
Sobre a possibiidade de reduzir o número de entradas no recinto da concentração, referiu que «o evento não foi programado assim, há pessoas que vêm de vários países da Europa com viagens marcadas e pagas. Em caso extremo, teríamos de devolver o dinheiro das inscrições, mas se isso acontecer, vamos ter prezuízo, o Moto Clube não é uma grande empresa, é um clube que organiza uma concentração», referiu.