Cultura

Conversas partilhadas no jardim regressam a Portimão com escritores e críticos literários

Foto - Filipe da Palma / CM Portimão
Foto - Filipe da Palma / CM Portimão  
A Biblioteca Municipal Manuel Teixeira Gomes promove, pelo quinto ano consecutivo, o ciclo de encontros “Verão Azul, conversas partilhadas no jardim”, nos quatro sábados do mês de julho, sempre a partir das 18h30.

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Tal como é habitual, a iniciativa, que se inspira no título do livro “Agosto Azul”, da autoria do escritor nascido em Portimão e ex-Presidente da República, Manuel Teixeira Gomes, terá lugar no Jardim 1º de Dezembro, nos quatro sábados do mês de julho, dias 5, 12, 19 e 26.

Com o objetivo de promover a literatura e os atuais autores portugueses de referência, «este é um evento cultural prestigiante para a cidade, que tem vindo a conquistar um público fiel». Em simultâneo, a iniciativa valoriza o Jardim 1º de Dezembro, um espaço nobre da cidade, transformando-o num local de sociabilidade e de convívio, destaca nota do Município enviada ao Algarve Primeiro.

Sob o tema “O futuro é já ali – vislumbres da literatura que aí vem”, a quinta edição de “Verão Azul” convida oito prestigiadas personalidades, entre ficcionistas, poetas, ensaístas, editores e tradutores, para lançarem a reflexão sobre o futuro da literatura face ao novo paradigma tecnológico da Inteligência Artificial, colocando ainda o foco na questão das vanguardas, no papel da literatura num tempo distópico e no cânone literário por vir.

O ciclo de conversas inicia-se com a sessão no dia 5 de julho, intitulada “Quem tem medo da Inteligência artificial?”, para a qual são convidados a poeta e editora Maria do Rosário Pedreira e o ensaísta Manuel Frias Martins.

No dia 12 de julho, tendo como ponto de partida “Onde páram as vanguardas do século XXI?”, os poetas e ensaístas Pedro Mexia e D. H. Machado questionam os motivos pelos quais os movimentos literários vanguardistas, que rasgaram as convenções e inventaram novas formas de escrita no início do século XX, não têm correspondência no século XXI.

A romancista Tânia Ganho e o historiador de arte Vítor Serrão são os convidados da terceira conversa do mês, no dia 19, cuja temática vai ser o futuro da literatura e da arte, sob o signo da interrogação “Portugal 2050: ainda haverá histórias para contar?”.

Na quarta e última sessão, no dia 26 de julho, a jornalista e ensaísta Isabel Lucas e o ensaísta Abel Barros Batista vão procurar responder à questão “Que cânone futuro para a literatura do presente?”. Quantos escritores portugueses sobreviverão ao crivo da posteridade e quem continuará a ser lido daqui a cem anos serão as bases de uma análise mais aprofundada.

Todas as conversas serão moderadas pelo crítico literário José Mário Silva, coordenador da secção de livros do jornal Expresso, e por João B. Ventura ensaísta literário e editor da revista de cultura viageira Zeus, ambos curadores deste evento.