Sociedade

Covid.19: Autoridades de saúde regionais preocupadas com o Inverno

 
Durante conferência de imprensa quinzenal, ocorrida esta sexta-feira, no Comando Distrital de Operações de Socorro em Loulé, sobre a situação epidemiológica na região, o Presidente da Administração Regional de Saúde do Algarve (ARS), mostrou-se preocupado com o próximo outono/inverno “que vai juntar a covid ao período mais fértil da gripe”, lembrando que a vacinação é fundamental para os grupos de risco.

 
Para este responsável, é importante que nesta fase se consiga conter as cadeias de transmissão e o cumprimento do isolamento profilático, lembrando que, “um primeiro resultado negativo não significa que o doente esteja logo recuperado”. Para tal, defende um controlo mais apertado sobre o isolamento de casos em recuperação. Paulo Morgado registou apenas um profissional de saúde infetado, tratando-se de um número baixo em comparação com outros períodos com mais de 20 infetados.
 
O mesmo responsável realçou a resposta que os serviços de Saúde Mental da região estão a prestar no âmbito da Covid.19, com 117 pessoas a receberem apoio psicológico, incluindo 5 profissionais de saúde.
 
Nesta fase, Paulo Morgado referiu que, “existe a possibilidade de surgirem novos surtos”. Relativamente ao verão algarvio, assinalou que os serviços de saúde “estão preparados para responder às situações que surjam”, lembrando que os serviços não vão ter um verão igual, na medida em que se esperam menos turistas em relação a outros anos.
 
Na mesma conferencia de imprensa, a Delegada de Saúde Regional, Ana Cristina Guerreiro, informou que o surto de Lagos que, ocorreu há um mês, teve 142 casos associados de Covid 19, com 38 recuperados. Deixou ainda um apelo aos cuidadores de idosos para que “tenham cuidado redobrado e recorram à Linha Saúde 24 se sentirem qualquer tipo de sintomatologia”, para não propagar o vírus em comunidades cuja população é mais vulnerável.
 
Relativamente à questão de Albufeira, adiantou que “se tratou de uma situação preocupante” devido ao aglomerado de “muitos jovens e muito álcool”, deixando um recado para que os mais novos “moderem o seu comportamento”, nomeadamente encontrando-se em espaços abertos, utilizando a máscara, promovendo o distanciamento social. No que se refere aos bares e discotecas, Ana Cristina Guerreiro, disse que “são locais de risco de transmissão”, por se tratar de lugares fechados, com grande possibilidade de transmissão por via aérea, concluiu.