Economia

Covid-19: Desemprego foi a maior consequência da pandemia para turismo algarvio - Presidente

 
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, constatou que o desemprego é a pior consequência da pandemia para o turismo algarvio, mas destacou como positivo a unidade que encontrou entre autarcas para delinear estratégias face à situação.

Questionado pelos jornalistas em Sagres, no final da sua última visita a todos os municípios algarvios no contexto da pandemia de covid-19 e reflexos no turismo da região, em jeito de balanço, o Presidente revelou-se ainda assim mais otimista do que quando iniciou este périplo em maio.
 
“Olha-se para os números de desemprego no Algarve e é de longe a região do país onde o desemprego mais subiu, por causa da paragem no turismo”, revelou Marcelo Rebelo de Sousa.
 
“Há aspetos positivos e aspetos positivos, com um saldo melhor do que pensava que ia ser em junho, mas evidente fica muito aquém do que foi em anos anterior e o que desejamos para os anos seguintes”, avançou.
 
Enumerando os diversos aspetos apontou com menos positivo o facto “do mercado britânico, mas depois de outros de forma menos sensível, ter havido avanços e recuos” e de esses recuos terem significado “em muitos casos, uma paragem numa evolução que estava a ser francamente animadora”.
 
Menos positivo também, a noção de que a “pandemia vai ser mais longa”, o que se reflete, adiantou no facto de “autarcas, o setor turístico, patrões e trabalhadores”, afirmarem já que terão de lidar com esta realidade “até ao fim da primavera.”
 
Numa toada mais positiva, o Presidente revelou ter encontrado no Algarve uma “unidade entre autarcas” que convergiram “desde o início e sem exceção até ao presente na estratégia a adotar contra a pandemia”.
 
A possibilidade da existência de uma “ponte entre a administração central e o poder local” foi algo que encontrou na região, o que “nem sempre acontece”, sublinhou.
 
Marcelo Rebelo de Sousa destacou que quando iniciou estas visitas se estava a partir do “zero ou quase zero” e foi possível uma melhoria “nuns casos mais positiva que noutros”, mas “genericamente superior ao que se previa em maio”.
 
O Presidente destacou o facto de “uma parte dessa evolução positiva não ter sido perdida, mesmo com as naturais quebras no final de agosto, setembro em outubro”.
 
“Apesar de tudo encontra-se em muitos municípios uma dinâmica que foi estabelecida e que continua, mais fraca do que em agosto, mas que continua”, apontou.
 
O último ponto positivo apontado pelo Presidente, foi o que classificou com “uma grande resposta” por parte dos turistas portugueses na sua ida de férias para o Algarve, que “continua a haver, mesmo com o final do verão”.
 
Esta última visita, como as outras 15 anteriores, terminou com um jantar de trabalho com Presidente com todos os autarcas algarvios.