Sociedade

Covid-19: Há 4 concelhos algarvios em risco de não desconfinar

 
No país há vinte e seis concelhos que estão acima do limiar de risco de incidência da covid-19, podendo não avançar no desconfinamento caso a situação se mantenha na próxima avaliação do Governo, segundo o boletim epidemiológico divulgado esta terça-feira.

De acordo com o boletim da Direção-Geral de Saúde, estes concelhos registam um acumulado, nos últimos 14 dias, de mais de 120 casos por cada 100 mil habitantes, sete dos quais estão mesmo acima dos 240 novos casos por 100 mil habitantes.
 
Em 11 de março, na apresentação do plano de desconfinamento, o primeiro-ministro, António Costa, avisou que as medidas da reabertura serão revistas sempre que Portugal ultrapasse os “120 novos casos por dia por 100 mil habitantes a 14 dias” ou sempre que o Rt - o número médio de casos secundários que resultam de um caso infetado pelo vírus - ultrapasse 1.
 
Em 01 de abril, o primeiro-ministro disse que existiam 19 concelhos do continente que estavam acima do limiar de risco, ou seja, acima dos 120 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias.
 
António Costa salientou que os especialistas ouvidos pelo Governo propuseram que, "se em duas avaliações sucessivas, os mesmos concelhos estiverem acima do limiar de risco, nesses concelhos não devem avançar as medidas de desconfinamento".
 
O boletim desta terça-feira revelou que estão neste patamar acima dos 120 por 100 mil habitantes os concelhos de Alandroal (200), Albufeira (161), Lagoa (141), Machico (500), Portimão (308), Ribeira Brava (225), Ribeira de Pena (283), Rio Maior (334), Santa Cruz (183), Beja (134), Borba (134), Câmara de Lobos (154), Carregal do Sal (302), Marinha Grande (203), Moura (474). Soure (123), Cinfães (175), Figueira da Foz (121), Figueiró dos Vinhos (180), Funchal (137), Odemira (316), Penela (167), Ponta Delgada (178), Ponta do Sol (151), Vila do Bispo (213) e Vimioso (174).
 
Destes concelhos sete têm valores acima dos 240 casos por 100 mil habitantes.
 
A incidência cumulativa a 14 dias refere-se aos dias entre 17 e 30 de março, anterior à última reunião do Conselho de Ministros, na qual António Costa anunciou que Portugal podia “dar o passo de avançar” com as medidas de desconfinamento.