Sociedade

Covid.19: Autarca de Loulé e empresários pedem revisão urgente da fórmula de cálculo de novos positivos

 
A Câmara Municipal de Loulé convidou esta tarde a comunicação social para uma conferência de imprensa sobre a decisão do Conselho de Ministros de integrar o Município de Loulé na lista das autarquias que não irão avançar para a próxima fase do desconfinamento, por apresentar uma taxa de incidência superior a 120 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias.

Realizada junto ao Hotel Aquashow no Semino em Quarteira, a conferência de imprensa que reuniu o Presidente da Câmara de Loulé, Presidentes de Juntas de Freguesia e empresários do concelho, transmitiu ao Governo e às autoridades de saúde, que a fórmula adotada de contabilização de casos positivos de Covid.19, não está a ser aplicada corretamente, «porque não está adaptada à realidade vivida nos concelhos com forte dinâmica turística». 
 
Apesar de o primeiro-ministro ter defendido que os casos detetados de turistas nacionais sejam registados no concelhos de residência oficial, Vítor Aleixo disse aos jornalistas que isso não está a acontecer, e nesse sentido, exige que os casos nacionais detetados no concelho e por conseguinte na região, sejam efetivamente atribuídos ao concelho onde as pessoas residem e não onde são detetados, já nos casos contabilizados a visitantes estrangeiros que se encontram nos hotéis, deverão contar como população do concelho.
 
 
O autarca explicou que o que está acontecer, penaliza os concelhos com mais turismo, como é o caso de Loulé, em que a população residente anda à volta dos 70 mil habitantes, mas que na época alta do turismo, a população triplica e com ela, triplicam também o número de casos positivos.
 
Com esta fórmula de cálculo, o responsável diz mesmo que o Algarve não irá conseguir erguer-se durante o verão, porque o número de turistas vai aumentar nas próximas semanas e o rácio está a ser mal calculado, afetando outros concelhos da região. Neste âmbito apelou à revisão urgente desse cálculo.
 
Numa fase em que a vacinação segue a bom ritmo e que mais de 4 milhões de portugueses já estão vacinados, com menos pressão nos hospitais em comparação com vagas anteriores, «está na hora, respeitando sempre a questão securitária, de dar uma maior atenção à atividade económica, como forma de conseguirmos gerir a crise social que paira sobre o nosso país», sublinhou Vítor Aleixo. O edil pediu ainda para que haja «um esforço adicional no processo de vacinação no Algarve, de forma a aumentar os níveis de segurança e resiliência da região».