Em comunicado, a Iniciativa Liberal (IL) de Faro, critica que "a menos de 12 horas do início de mais uma semana escolar", as famílias algarvias dos concelhos de Albufeira, Faro, Loulé, Olhão e São Brás de Alportel, tenham sido "apanhadas de surpresa" com um comunicado da ARS Algarve, onde se informou sobre a suspensão das aulas presenciais do 1º e 2º Ciclo, nos cinco concelhos algarvios, com efeito a partir desta segunda-feira.
O partido fala de um comunicado que foi emitido, "em pleno domingo, durante a hora do jogo do Euro 2021, entre Portugal e a Bélgica, que irá influenciar drasticamente a vida de milhares de algarvios".
A Iniciativa Liberal de Faro exige explicações à delegada de saúde regional, Ana Cristina Guerreiro, e ao Ministro da Educação: "importa saber qual o fundamento científico por detrás desta decisão e se existiram alterações graves ao ponto de se tornar conhecida uma decisão destas através das redes sociais na noite de domingo".
«Perdeu-se o respeito, perdeu-se a noção. Foram usadas as redes sociais num momento geral de “distração”, para “informar” sobre uma medida com tamanho impacto. De quem é a responsabilidade?» afirma Cláudia Vasconcelos, coordenadora da Iniciativa Liberal de Faro.
Quando as aulas presenciais do 1º e 2º ciclo terminariam a 8 de julho, "ontem, os alunos ficaram mais uma vez impedidos de terminar o seu ano escolar nas salas de aula e mais uma vez, abriram-se as lacunas entre as famílias com mais ou menos possibilidades. Há famílias sem computador (ainda que tenham sido prometidos), há famílias sem Internet e acima de tudo, sem possibilidade de acompanhamento destas crianças", critica a IL questionando "como podem os pais gerir a sua vida pessoal e profissional perante um desgoverno e desorientação permanente, numa região com diversas empresas de serviços, que não conseguem estar em teletrabalho".
O partido assume que o Algarve tem registado um aumento crescente de casos, defendendo, contudo, que "já deveria a esta altura, existir um plano, mas não existe", sublinha.
Sobre a possibilidade de em pleno verão, "haver alguma possibilidade de recuperar um pouco dos números dramáticos da economia da região", a Iniciativa Liberal fala de "cuidados paliativos", porque "não se organizou nem se preparou e agora vemos as autoridades a correr atrás do prejuízo", conclui.