O Movimento de Cidadania Independente "Portimão Sempre", recebeu informação "de fonte do hospital de Portimão", de que o mesmo se encontraria esta quinta-feira, "na iminência de recusar atender utentes, por estar em situação de ruptura total de stock".
Mediante o alerta, o "Portimão Sempre" diz em comunicado que tentou mobilizar a sociedade civil no sentido de obter um donativo, que dê resposta a este tipo de equipamento.
Entretanto, foram feitos da parte do Movimento um conjunto de contactos a farmácias, grossistas e grandes superfícies no concelho, na tentativa de obter luvas para o hospital, "havendo a noção de que a cadeia de distribuição, no ponto do importador/armazenista, não consegue ter acesso de forma regular a luvas descartáveis para profissionais de saúde".
Na sequência deste apelo à comunidade, foram feitos donativos de várias entidades, incluindo o Movimento de Cidadania Independente "Portimão Sempre". Porém, devido ao problema de abastecimento identificado na cadeia de distribuição, antecipam-se dificuldades "sérias" na distribuição deste equipamento de proteção individual, teme o responsável do Movimento, João Pires.
No mesmo comunicado lê-se que "num contexto em que a tutela garante não haver falta de material médico para fazer face à pandemia, e no caso específico do hospital de Portimão, a realidade mostra que tal não é verdade, já que tem sido a sociedade civil que tem providenciado muitos dos Equipamentos de Proteção individual (EPIs) para este hospital".
Mas há outras carências que o hospital de Portimão, "sofre", como a inexistência de quartos com pressão negativa, situação reportada à administração do CHUA e à tutela, "até agora sem qualquer tipo de resposta", conclui.
