Economia

Covid.19: Nera diz que o tempo «é de ação imediata e não de promessas e ilusões»

 
A Associação dos Empresários do Algarve - NERA, alerta que são muitas as empresas da região que correm o sério risco de não conseguir sobreviver à crise, provocando a eliminação de postos de trabalho e pesadas consequências económicas e sociais.

A associação esclarece que apesar do turismo ser o setor forte da região, existem no Algarve 70.000 empresas (50 mil em nome individual e 20 mil sociedades) que envolvem 170 mil trabalhadores e um volume de negócios de mais de 9 mil milhões de euros (INE 2019).
 
Para a mesma fonte, dessas empresas, "que dão a sua contribuição direta ou indiretamente, e com peso diferente, para o funcionamento da atividade turística", cerca de 20% (13.500) são de alojamento e restauração, 15% (11.000) de comércio (grosso e retalho), 10% de agricultura e pescas, 8% de construção, 5% de atividades imobiliárias, 3% de atividades desportivas e culturais, 3% de indústria transformadora e 1,5% de transportes. 
 
Perante a atual crise, o NERA diz que é preciso que os empresários não fiquem parados, "vivendo de promessas e ilusões, mas com prioridade imediata: responder aos problemas mais urgentes, para resolver dificuldades de tesouraria, pagar salários, segurar empregos e outros compromissos inadiáveis".
 
Defende que para combater a instabilidade económica "só existe uma via: procurar utilizar as medidas de apoio já publicadas pelo Governo, independentemente da opinião que tenhamos sobre elas".
 
Confirma ainda que está disponível para colaborar nesta ação, com todas as associações e entidades interessadas, prometendo que "vai continuar a lutar por novas medidas adequadas à evolução da situação".