A operação para testar toda a população do concelho de Castro Marim, arrancou no passado fim de semana, numa ação promovida pela Câmara Municipal.
Dado o grande incremento da COVID-19 no concelho, que chegou a registar os números mais preocupantes da região algarvia, a autarquia decidiu avançar com o rastreio a toda a população, com o objetivo de quebrar as cadeias de transmissão.
Num concelho com menos de 7 mil habitantes, cerca de 800 pessoas inscreveram-se para a primeira ação, tendo sido detetados alguns casos positivos à COVID-19, entretanto, contactados e acompanhados pelo delegado de saúde local, que se responsabilizou pela supervisão técnica e científica de toda a iniciativa, seguindo as diretrizes do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças, informa comunicado do município.
Foram dezenas de voluntários, que se juntaram à campanha “O Amor Acontece”, uma iniciativa lançada pela autarquia castromarinense há um ano, que pretendia precisamente “assumir o amor na causa pública e despertar para os efeitos benéficos da partilha de afetos na construção de uma sociedade mais feliz. Quer no serviço público, quer no exercício político, estão pessoas com a vontade e a predisposição para servir uma comunidade, um concelho, uma região ou um país”.

As próximas ações de rastreio estão previstas para se iniciarem já durante a semana, nas aldeias do Azinhal e Odeleite, mas ainda estão sujeitas a confirmação. No fim de semana o rastreio desdobra-se entre Altura e Castro Marim. A marcação prévia é obrigatória e deverá ser realizada através do email
[email protected] ou dos contactos: 281 510 747 ou 281 510 778 (9h-17h) e 961 743 222 (9h-20h). A testagem segue depois para povoações mais isoladas através da Unidade Móvel de Saúde. Conforme esclarece o mesmo documento enviado hoje, continuam a excluir-se dos testes as crianças até aos 10 anos, pela dificuldade da colheita da amostra, e as pessoas vacinadas ou que já passaram a doença, dado que estão imunes.
O presidente da Câmara Municipal de Castro Marim, Francisco Amaral, reitera o agradecimento e reconhecimento a todos os voluntários que contribuíram para o sucesso desta ação, desde os médicos dentistas e mentores Pedro Ribeiro e Ricardo Pereira, enfermeiros, higienistas, farmacêuticos e outros técnicos de saúde, elementos da Proteção Civil Municipal, funcionários da autarquia e outras pessoas que quiseram juntar-se ao movimento, que se disponibilizaram e que se formaram em horário pós-laboral para dar corpo à causa pioneira no país.
A autarquia sublinha também o apoio "imprescindível" da empresa informática Algardata e a orientação técnica do Algarve Biomedical Center, "com inúmeras horas de trabalho em backoffice que permitiram que o profissionalismo e a organização patenteassem toda a iniciativa".