O número de infetados com Covid.19, subiu de ontem para hoje, à medida que vão saindo os resultados dos testes já realizados.
Ao JN, o Presidente da ARS Algarve, confirmou que são cerca de 60, os infetados, na sequência da festa ilegal que decorreu em Odiáxere, no concelho de Lagos, no dia 7.
De acordo com Paulo Morgado a "maior parte dos casos regista-se no concelho de Lagos, mas afeta também pessoas de outros concelhos como Lagoa e Portimão, e mesmo de fora da região".
Foram feitos até agora mais de 500 testes, estando "todos os casos em investigação". Nesta circunstância, houve também a necessidade de fechar temporariamente e desinfetar dois hipermercados de Lagos por terem sido detetados casos positivos, lê-se na mesma notícia do JN.
Recorde-se que em declarações esta quinta-feira à Agência Lusa, Paulo Morgado garantiu que o Algarve tem capacidade instalada para responder a eventuais surtos de covid-19 que surjam, como o registado em Lagos.
O presidente do conselho diretivo da ARS/Algave, afirmou que “não há perigo de o Algarve fechar, de o Alentejo fechar ou de o país fechar” porque o que se verifica “neste momento é o aparecimento de pequenos surtos aqui e acolá”, o que pode acontecer em qualquer “ponto do território nacional” ou em outros países.
A Ordem dos Médicos defendeu hoje a necessidade de intensificar uma campanha de sensibilização para as regras de segurança face à covid-19 no Algarve, apontando que uma eventual cerca sanitária é decisão da tutela, mas ouvindo os autarcas.
O presidente do Conselho Regional do Sul da Ordem dos Médicos, Alexandre Valentim Lourenço, também defendeu hoje, em entrevista ao Diário de Notícias, medidas mais rigorosas para a região, dizendo que se houver um surto de 100 casos em Faro ou em Portimão tinha que se “fechar o Algarve".
