O CHAlgarve dispõe de uma Via Verde da Sépsis, no âmbito de uma estratégia nacional e de acordo com recomendações da Direção Geral da Saúde.
A Via Verde da Sépsis tem como objetivo a adoção de um conjunto de atitudes que, caso sejam realizadas numa fase precoce da doença, reduzem a mortalidade e/ou a morbilidade.
Com a implementação da Via Verde da Sépsis, o CHAlgarve adotou um conjunto de mecanismos organizacionais que permitem uma rápida identificação dos sintomas e a administração atempada de terapêutica, o que pode melhorar significativamente o prognóstico dos doentes com sépsis grave ou choque séptico.
Do ponto de vista prático e como explica a médica Cristina Granja, diretora do Serviço de Medicina Intensiva do CHAlgarve e uma das principais impulsionadoras desta Via Verde da Sépsis no Centro Hospitalar, «o circuito começa na triagem com o reconhecimento, por parte do enfermeiro, dos sinais ou sintomas (que se encontram definidos num protocolo internacional) que os doentes que apresentam sépsis podem ter.
Identificados estes sintomas é aberta uma via direta para este doente. O doente é instalado na antecâmara da sala de emergência, sendo de imediato acompanhado e observado por um médico do balcão que confirma esses sintomas, faz uma análise chamada gasimetria, a qual se obtiver um determinado valor cumulativamente com os sintomas que já reconheceu, permite identificar a infeção, sendo posteriormente encaminhado para a unidade de tratamento em função da gravidade da situação».
Por outro lado, a implementação de um protocolo terapêutico de sépsis permite não só diminuir a mortalidade, mas, também, uma redução substancial dos custos para as instituições.
A Via Verde da Sépsis no CHAlgarve é constituída por uma equipa multidisciplinar, composta por médicos, enfermeiros e técnicos de diversas especialidades, sendo liderada pelo médico e coordenador Daniel Nuñez.