A informação é avançada pela Direção Geral de Saúde e, é bem acolhida pela socieddae civil e pelas associações de apoio a diabéticos.
Por se tratar de uma doença que está a começar cada vez mais cedo, as crianças são quem terá de conviver com a diabetes mais anos ao longo da sua vida.
Neste sentido, e, numa primeira fase, o Governo vai disponibilizar bombas de insulina gratuitas para todas as crianças até aos dez anos de idade.
Adianta fonte do Ministério da Saúde que, a medida deverá incluir todas as crianças e jovens até aos 18 anos com diabetes tipo 1 num período de dois anos.
O tratamento da diabetes tipo 1 pretende assegurar a cobertura até final de 2019 de toda a população em idade pediátrica, até aos 18 anos.
O alargamento do acesso a bombas de insulina vai ser feito por três fases: até final deste ano todas as crianças até 10 anos terão cobertura assegurada e até fim de 2018 o mesmo acontece para todas as crianças até 14 anos.
Até final de 2019 será alargada a cobertura às bombas de insulina a toda a população pediátrica, até aos 18 anos.
A diabetes está a ganhar expressão no nosso país, sendo que, entre dez a doze portugueses morrem a cada dia, em média, por diabetes, uma doença que afeta mais de um milhão de pessoas em Portugal.
Segundo um relatório nacional divulgado esta terça-feira, data em que se assinala o Dia Mundial da Diabetes, a mortalidade causada por esta doença tem vindo, ainda assim, a diminuir. Em 2015, registou-se a taxa de mortalidade padronizada mais baixa, com 19,4 mortos por 100 mil habitantes.
Ainda assim, morrem por ano por diabetes entre 2.200 a 2.500 mulheres e cerca de 1.600 a 1.900 homens, o que significa mais de 4% das mortes das mulheres e de 3% nos homens.
A doença afeta mais de 13% da população portuguesa e estima-se que 44% das pessoas com diabetes esteja por diagnosticar.
Os centros de saúde realizam avaliações do risco de desenvolver diabetes, mas o Programa Nacional para a doença propõe um aumento do número de novos diagnósticos precoces.
De 2015 para 2016 o número de avaliações de risco de desenvolver diabetes teve um decréscimo, de 621 mil avaliações para menos de 619 mil.
Até 2020, a DGS pretende aumentar em 30 mil o número de novos diagnósticos através de diagnóstico precoce, diminuir a mortalidade prematura por diabetes em 5% e diminuir o desenvolvimento de diabetes em 30 mil utentes de risco.
Em termos regionais, a diabetes apresenta maior prevalência no Alentejo e na região autónoma dos Açores, sendo o Algarve a região com menor prevalência, revela o mesmo relatório.
Quando se fala em diabetes, faz-se naturalmente a relação com as amputações, sendo que, em sete anos, fora, realizadas quase 10 mil cirurgias de remoção dos membros inferiores.
O controlo rigoroso da doença, o apoio face à medicação obrigatória e a vigilância dos pacientes, será a melhor forma de reduzir as complicações associadas à diabetes.
A doença renal é outra das complicações frequentes da diabetes, havendo uma incidência de diabetes nos doentes renais crónicos na ordem dos 33%.
Responsável pela cegueira em adultos, a retinopatia diabética é outra das complicações graves. Em 2016, o número de rastreios a esta retinopatia cresceu mais de 30%, tendo sido realizadas mais 38.045 rastreios, num total acima dos 158 mil.
Também ligada a maus hábitos alimentares, a diabetes surge de forma evidente em pessoas com excesso de peso, sendo que 55% das pessoas com diabetes apresenta obesidade.
Mudanças nos hábitos alimentares, diagnóstico precoce e cumprir as orientações médicas são, desde logo, os primeiros passos para a melhoria da qualidade de vida e a base para conviver com a doença.