Economia

Crise afasta imigrantes do Algarve

Depois de mais de uma década a receber imigrantes que trabalhavam nas mais variadas áreas, o Algarve está a “despedir-se” dos estrangeiros por falta de resposta.

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Com as taxas de desemprego acima dos 20% no Algarve, a escassez de trabalho tem sido uma realidade para nacionais e estramgeiros que, sem alternativa, têm de procurar outros destinos para ganhar o sustento.
 
A par da crise financeira que tem assolado o país e, em especial a região, a construção civil que, era uma oportunidade de trabalho para muitas famílias e, a hotelaria e similares têm visto um decréscimo significativo nos últimos cinco anos.
 
Com uma realidade sem a criação de emprego e com uma drástica redução na oferta, os imigrantes estão a regressar aos seus países de origem e, em muitos casos, a procurar economias mais prósperas onde possam prosseguir os seus sonhos de uma vida melhor.
 
Entre 2001 e 2012, o Algarve conheceu um aumento acima dos 60% de estrangeiros prontos para construir uma nova vida e para beneficiar a economia do país.
 
Muitos entendidos afirmavam que a sua permanência em Portugal não devria ultrapassar uma década; simplesmente não se esperava que fosse uma crise desta envergadura a responsável por um regresso forçado e súbito do destino de acolhimento.
 
A inesperada crise tem arrasado com as oportunidades e, ao mesmo tempo, fechado portas ao emprego que existia, o que tem imposto o regresso dos estrangeiros e a saída de muitos portugueses para outros países.
 
Sem trabalho e sem apoios sociais, resta a mudança, pelo que, os dados oficiais vão dando conta de uma descida significativa no número de estrangeiros no Algarve; números esses que chegaram aos 70 mil indivíduos nos anos de maior prosperidade económica.
 
A conhecida “galinha dos ovos de oiro” como era vulgarmente descrita a região algarvia, enfrenta um tempo de abrandamento de tal ordem que, nem os nativos conseguem perspectivar uma melhoria das condições de vida e a validação do direito ao emprego.