“Há muita resposta que não é dada pelo Estado, nem pela autarquia, mas pela solidariedade das pessoas” – realçou Joaquina Matos, no encontro promovido pelo Grupo dos Amigos de Lagos.
No "Encontro de 5ª Feira" do Grupo dos Amigos de Lagos, que decorreu na Biblioteca Municipal, Joaquina Matos, presidente da câmara, falou de “situação económica e social“ do concelho.
Começando por reconhecer que “a autarquia também está em situação difícil“, Joaquina Matos explicou todo o trabalho que vem sendo desenvolvido pela rede social concelhia, estrutura que integra o município e muitas outras entidades locais responsáveis, no “apoio à família, para a família se emancipar”. Referiu que “faz-se o possível para que não haja fome em Lagos”.
Joaquina Matos lembrou que “Lagos é um município de muita solidariedade”. “A Santa Casa da Misericórdia de Lagos é das mais antigas do país” e, por seu intermédio, “são entregues cerca de duzentos cabazes por mês”.
São “mais enriquecidos” os que se destinam “aos idosos e às famílias com mais crianças”. Paralelamente, “a Santa Casa e o CASLAS servem 165 refeições diárias, tudo na maior discrição e com o acompanhamento da Câmara Municipal”.
Disse ainda que “a igreja de Santa Maria é um parceiro muito importante, um grande centro de recolha de alimentos” e “a NECI, que vai muito em breve inaugurar o seu lar, contou sempre muito com o apoio da comunidade estrangeira”.
Em Lagos “há muitos idosos com rendimentos muito baixos e com netos a cargo e muitas mães solteiras”, mas “a nossa rede social até vai dando conta do recado”, explicou Joaquina Matos.
“As nossas escolas fizeram um diagnóstico e agora as crianças não vão para a escola sem comer. Os professores têm sido muito bons parceiros”. “O que pedem à Câmara tem-lhes sido dado, porque é aí, na escola, que se constrói o futuro do país”. E concluiu: “sai mais caro a todos, os que abandonam as escolas do que os que tiram cursos superiores”.
