Política

Cristóvão Norte acredita que atrasos nas análises de doentes oncológicos se devem a falta de dinheiro

 
O deputado algarvio do PSD Cristóvão Norte diz em nota de imprensa que, na audição da Ministra da Saúde, requerida pelo PSD e que teve como objeto os "casos de doentes oncológicos registados no Algarve, já diagnosticados e com atrasos nas análises" e em que o CHUA afirmou não se tratar de falta de dinheiro, faz sentido apurar então qual é o problema.

 
Na posição do deputado laranja, se não se trata de um problema de dinheiro "por que é que se registam atrasos nas analises enviadas para o IPO, pondo em causa a terapêutica destes doentes"?
 
O deputado vai mais longe e fala em casos de doentes que morreram sem conhecer sequer os resultados das análises, "sendo amputados da mais elementar dignidade e mutilando o seu acesso à saúde".
 
Cristovão Norte, assinala que pode comprovar 5 casos em Portimão e um número "indeterminado" em Faro, e que deu conhecimento ao Governo que "os atrasos persistem", mesmo tendo sido celebrado protocolo com Évora. "Há mais novos casos", sublinha.
 
Na mesma nota, o deputado regista também que a Ministra refere que é um caso grave, "mas demorou 40 dias até que fosse aberto inquérito para apurar o sucedido".
 
Até agora, segundo a Ministra falta apurar o resultado do inquérito realizado pelo CHUA que, numa primeira versão, não apresentava conclusões satisfatórias no entendimento da responsável pela saúde.
 
Norte sublinha que, em causa, está o facto do IPO ter exigido o acompanhamento, após outubro de 2018, das amostras enviadas pelo CHUA para a analise EGRF – cancro do pulmão - por um termo de responsabilidade, que é uma garantia de pagamento. "Ora, se não houver verbas essa garantia não pode ser emitida e, num dos casos, está comprovado que entre a data da devolução da analise por parte do IPO e o seu reenvio – que era urgentíssimo para Lisboa – passaram 33 dias".
 
O Parlamentar afirmou que não acredita que as pessoas que estão no CHUA "façam isto de propósito, ou não têm dinheiro ou são incompetentes". No seu entendimento, tudo aponta "para ser uma questão de falta de verbas, que se impõe corrigir para que não aconteça com mais ninguém".