Comportamentos

Cuide diariamente da sua saúde mental

 
Tal como fazemos a higiene diária do nosso corpo e cuidamos da nossa imagem, é essencial reservar um tempo e cuidado para a nossa saúde mental.

 
São cada vez mais os especialistas que dizem que devemos olhar para dentro de nós mesmos, identificar aquilo que estamos a sentir, assumir as emoções para depois lhes podermos dar um significado. Trata-se de uma forma de aprender a gerir as nossas emoções, ao mesmo tempo em que temos oportunidade de perceber o que “nos vai na alma”, de forma a evitar um grande sofrimento e mau-estar físico, já que funcionamos em articulação entre corpo e mente.
 
Para facilitar a tarefa, apresentamos 3 técnicas que devem ser aplicadas todos os dias como forma de nos sintonizarmos connosco próprios e de tirarmos mais partido daquilo que somos e que sentimos.
 
Com recurso à Mente é Maravilhosa, começamos por recordar que, o bem-estar psicológico responde, em primeiro lugar, a uma série de hábitos e estratégias que cada indivíduo deve aprender a desenvolver com base nas suas características, e que isso requer alguma criatividade e perseverança.
 
O cuidado diário para com a nossa mente é uma tarefa muito particular, onde cada um deve aprender “a ventilar, higienizar e oxigenar os seus próprios cenários mentais”. Ao mesmo tempo, também não podemos esquecer que fazemos parte de um cenário físico e social e que, os nossos contextos afetam o nosso equilíbrio, pelo que se torna necessário que façamos essa viagem diária ao nosso interior para que, mais facilmente consigamos reestabelecer o nosso equilíbrio.
 
Neste sentido, a Mente é Maravilhosa realça que, “os hábitos de higiene mental requerem uma abordagem holística, implicam saber priorizar, focalizar, filtrar todos os estímulos que nos surjam para os podermos viver com maior harmonia”.
 
A mesma publicação apresenta as seguintes estratégias para proceder a esse trabalho diário connosco próprios:
 
1. Aprenda a reconhecer os pontos de ignição antes que surja a chama
 
A maior parte das nossas experiências emocionais surgem a partir de pequenas “faíscas” que dão lugar a pequenas explosões de sensações negativas que colapsam no nosso cérebro. Segundo a Mente é Maravilhosa, estas pequenas descargas surgem devido aos desequilíbrios com o nosso ambiente. Um comentário que não nos agrada, mas diante do qual nos calamos; uma proposta com a qual não concordamos, mas que cumprimos; uma situação que devemos resolver, mas que adiamos, são o suficiente para acumularmos muita carga negativa “e, pequenas faíscas acumuladas, uma após a outra, acabam gerando uma chama”. Como consequência, a nossa mente fica sem recursos e, no final, acabamos “queimados”, esgotados em todos os sentidos.
 
Para superar esta situação, a primeira estratégia apresentada pela mesma fonte é reconhecer esses gatilhos, esses estímulos que nos incomodam e que devemos administrar o mais rápido possível. Neste sentido, aplica-se a máxima: “Não deixe para amanhã a preocupação que causa incómodo hoje”.
 
2. Prioridades claras, melhores decisões
 
A Mente É Maravilhosa recorda que, um bom atleta conhece o seu corpo e sabe onde estão os seus limites. Faz um treino diário para manter e melhorar o seu desempenho. Tal desempenho não surge de forma aleatória, mas responde a um bom planeamento em que as prioridades e objetivos diários são claros.
 
Quando se trata de cuidar do nosso cérebro e da nossa higiene mental, também temos de ter o nosso próprio plano,  as nossas prioridades diárias. Ninguém deveria, portanto, sair de casa sem se vestir com um propósito, sem estar calçado com algumas metas, alimentado com uma motivação. É assim que caminhamos pelos nossos complexos trajetos com maior desenvoltura para decidir o que nos beneficia e o que nos prejudica, e que deveríamos deixar de lado para garantir o nosso bem-estar.
 
3. Relações baseadas na reciprocidade
 
A Mente é Maravilhosa evidencia que, um pilar básico para cuidar e promover a higiene mental é atender ao equilíbrio dos nossos relacionamentos, isto porque, todos os vínculos desequilibrados supõem um alto custo emocional. Implicam investir tempo, expectativas, esforços e afetos em pessoas que não nos transmitem a mesma energia e a mesma reciprocidade. Neste sentido, devemos ser mais cautelosos na manutenção dos nossos relacionamentos e investir em quem realmente está disponível e “em linha” connosco.
 
Fátima Fernandes