A Comissão de Utentes da Via do Infante diz em nota de imprensa que vai voltar a sair à rua pela luta contra as portagens no Algarve.
No mesmo documento, a CUVI realça que, “a luta pela abolição das portagens no Algarve é o que se impõe e que terá de ser reforçada no ano de 2019, abrangendo todos os quadrantes da sociedade algarvia”.
Desta forma, no próximo sábado, dia 8 de dezembro (7.º aniversário da introdução de portagens no Algarve), pelas 11h00, a Comissão de Utentes da Via do Infante organiza um protesto, envergando coletes amarelos, em Loulé, frente à Via Livre (loja que faz as cobranças das portagens), localizada na Rua Marçal Aboim, Lote 1-R/C, Olivais de Santo António (junto ao McDonald's).
A CUVI apela à máxima participação nesta ação e com os devidos coletes amarelos.
Na base deste protesto está o facto de, "o Orçamento de Estado para 2019 ter trazido uma forte esperança para o Algarve no que respeita a uma melhoria considerável da mobilidade para a região. No entanto, durante a discussão na especialidade do OE na Assembleia da República, algumas forças políticas voltaram a introduzir propostas para a eliminação das portagens na Via do Infante".
Segundo a Comissão de Utentes da Via do Infante, “o PS, mais uma vez, voltou a votar contra tais propostas, enquanto PSD e CDS se abstiveram. Em suma, estes três partidos continuam a ser os grandes responsáveis pelo atentado económico e social que diariamente é cometido na Via do Infante contra a economia e as populações do Algarve”.
A Comissão adianta que “a PPP da Via do Infante é o maior crime social, económico e financeiro que se pratica na região, com o Estado a encher os bolsos da concessionária privada com quase 40 milhões de euros a cada ano que passa, para além de outros 30 milhões que esta recebe das taxas de portagens – 70 milhões de euros por ano!”
Para a CUVI, trata-se de “um descalabro inaceitável para o erário público. O governo PS atual, tal como o anterior do PSD/CDS, ainda não tiveram coragem para pôr em causa poderosos e obscuros interesses que gravitam em torno da PPP da Via do Infante”.
A proposta do governo de processar uma pequena redução das portagens no início de 2019, apenas para os veículos de mercadorias, “é injusta e insuficiente, pois não vai abranger a maioria dos veículos”.
Contra as portagens, a Comissão de Utentes volta a fazer-se mostrar com mais este protesto.