O projeto "Alojamento Local para Aves" da Associação algarvia Vita Nativa que envolve dezenas de entidades parceiras, com destaque para os municípios algarvios, já está a ter resultados.
Segundo a associação, após seis meses da instalação da primeira caixa-ninho, e depois de instaladas pelo Algarve cerca de 700 caixas, há 150 já ocupadas para a reprodução de aves.
A maior parte dos casais estão a construir o ninho ou a incubar os ovos, mas alguns já se reproduziram com sucesso e abandonaram a caixa. Até ao momento, o chapim-real é a espécie com maior taxa de ocupação, havendo ninhadas que chegam às 8 e 9 crias.
Com menor frequência aparecem o chapim-azul e o chapim-de-poupa. Nas aves de rapina, os peneireiros-vulgares também têm dado sinais de gostar do modelo. Duas das 4 caixas-ninho instaladas em depósitos de água na cidade de Portimão já foram adotadas, estando neste momento as respetivas famílias a incubar os ovos. Também em Vila Real de Santo António, em parceira com um agricultor, confirmou-se a ocupação de duas caixas, ambas com ovos. Por fim, de destacar a
ocupação da primeira caixa-ninho de coruja-das-torres, em Algoz.
Houve também tempo para a deteção de inquilinos inesperados. Foi o caso de duas corujas-do-mato em Cacela Velha. Depois de terem ficado sem ninho, para evitar que ingressassem no RIAS, o projeto deslocou-se ao local e instalou uma caixa-ninho.
Sempre monitorizadas de perto, a família de corujas adotou de imediato o novo alojamento e as jovens corujas já começaram a realizar os primeiros voos. Também um casal de melros-azuis ocupou uma caixa em Silves.
A equipa de monitorização espera muitas surpresas nas próximas visitas que vão ser realizadas em Aljezur, Vila do Bispo, Vila Real de Santo António e São Brás de Alportel.