Foi apresentado esta manhã à comunicação social, o projeto arquitetónico do Crematório de Faro, no novo Cemitério da cidade.
Conforme adiantou o arquiteto responsável pelo projeto, António Palma da Câmara Municipal, o edifício será construído de raiz.
O arquiteto avançou que da longa história que já passou, o projeto vai mesmo ser uma realidade e ficará localizado junto ás instalações do Cemitério, «seguindo o mesmo modelo de construção».
O novo equipamento será composto por um forno crematório, recepção e zona administrativa, zona de estar, tanatópraxia e ainda um outro forno para tratar resíduos dos atos fúnebres.
António Palma ressalvou que está também prevista uma área, «que no futuro pode ser utilizada para ampliação do próprio crematório».
Rogério Bacalhau por seu lado recordou que quando chegou à Câmara de Faro em 2009 já havia um projeto para o crematório, «fez-se um concurso em 2010, que acabou por ser assinado num contrato em 2012, onde os trabalhos da empresa vencedora nunca chegaram a avançar». Em 2014 o executivo pressionou a empresa, sob a coação de que o processo poderia seguir para os tribunais.
O autarca adiantou que se chegou a um acordo amigável, tendo a autarquia recebido uma indemnização de 309 mil euros com a rescisão do contrato.
Ainda em 2014, foi lançado um novo concurso de conceção do equipamento (o mesmo projeto que hoje foi apresentado), tendo havido uma impugnação da parte de um dos concorrentes, o que mais uma vez, atrasou a obra. Em novembro de 2018, chegou então a decisão do Tribunal «que foi definitiva».
Na última semana o assunto foi discutido em reunião de Câmara, pelo que foi aprovada a adjudicação a um dos concorrentes.
Rogério Bacalhau espera agora que «esta saga que começou antes de 2009, esteja concluída até final de 2019, e que sirva o concelho de Faro, o Algarve e provavelmente até o Alentejo».
O edil lembrou que não se trata de um investimento da autarquia, (que ronda meio milhão de euros), «porque estamos a falar de uma concessão à empresa que ganhou o concurso, ficando acordado que será paga uma renda à Câmara pela exploração do espaço».
Na mesma comunicação foi dito que os residentes em Faro «terão também algum desconto em relação ao preço tabelado para este tipo de operações».
Ficou igualmente a garantia de que o novo Cemitério de Faro terá mais espaço, «visto o Cemitério da Esperança estar saturado», tendo a autarquia acabado uma primeira obra de 176 gavetões, «estando previsto avançar já com outra empreitada de mais 336 gavetões que estarão prontos dentro de 3 meses», o que a par com o Crematório, irá resolver o problema da falta de espaço nos cemitérios de Faro.