Segundo a parlamentar, “nos últimos dois anos, a atividade turística no País e particularmente no Algarve, aumentou significativamente, registando crescimento nos três indicadores mais relevantes: receitas e número de hospedes e dormidas”.
Ana Passos recordou que, “em 2016, o Algarve recebeu 4 milhões de turistas e registou 18 milhões de dormidas em alojamento classificado. Valores que subiram, em 2017, para 4,2 milhões e 20 milhões, respetivamente”.
Mo mesmo balanço a deputada algarvia sublinhou que, “em termos de proveitos totais da hotelaria regional, estima-se que o ano de 2016 tenha resultado num valor na ordem dos 904,6 milhões de euros e que 2017 tenha contribuído com mais de mil milhões de euros. Registos nunca antes alcançados nesta região.”
Para além de não se ter verificado a temida quebra significativa do mercado britânico (nosso principal mercado emissor de turistas), na sequência da saída do Reino Unido da União Europeia, o Algarve ainda conseguiu captar mais turistas alemães (+17,8%) e irlandeses (+6,1%), bem como novos pequenos mercados de que são exemplo a Polónia, a Suécia, a Bélgica, a Suíça, a Itália, a Dinamarca e o Canadá, sustenta a mesma nota da deputada.
Relativamente a 2018, “recentes publicações do INE indicam que, entre janeiro e fevereiro, a atividade hoteleira continuou a crescer apesar de os proveitos terem desacelerado ligeiramente. Os profissionais do setor afirmam que este será um bom ano turístico apesar do abrandamento na taxa de crescimento”.
Ana Passos prossegue referindo que “é neste cenário que saúdo as iniciativas do Governo, relativamente à diversificação da oferta turística na região continuando a apostar em novos segmentos de Turismo, de que são exemplo o Cycling e Walking (recentemente reforçados com a Plataforma Portuguese Trails) e o programa '365 Algarve'. Programas que fazem a grande diferença durante a época baixa, pois contribuem para a sustentabilidade do turismo durante todo o ano”.
Neste contexto de crescimento da atividade turística na região, há ainda “algumas preocupações do setor, nomeadamente no que se refere à carência de mão de obra qualificada, pelo que o Governo já se encontra a desenvolver uma série de programas para formação e qualificação dos profissionais do turismo, que passam pelo reforço da rede de escolas públicas de turismo, formação 'on job' e pela especialização das escolas, entre outros”, confirma Ana Passos.