O PSD diz ter sido informado por médicos, enfermeiros e familiares de doentes desta situação.
Nos últimos dias, no Hospital de Faro e Portimão têm-se avolumado doentes nos serviços de observação e decisões de internamento sem que estejam disponíveis camas para acolher quem se encontra em condições muito vulneráveis e que carecem de tratamentos urgentes. São, muitas vezes, pessoas de idade, que precisam de tratamento físico, mas a quem se deve uma especial e reforçada obrigação de cuidar bem, com respeito, e atenuar o sofrimento psicológico que um internamento encerra, muitas vezes grave e que não raramente envolvem risco de vida, reporta o deputado do PSD, justificando a "malfadada" prática de deixar doentes jazidos nos corredores da urgência, em macas, dias a fio, perante surtos de gripe ou outros episódios conjunturais, pela impreparação na resposta a necessidades acrescidas.
Cristóvão Norte, deputado pelo Algarve, afirma que «não se deve transigir com uma situação intolerável, uma prática que é tão aflitiva para doentes, familiares e que constitui uma grave violação dos mais elementares direitos de quem a ela fica sujeito, vulnerável, sem defesa ou alternativa, prostrado numa maca no meio de um corredor», assinalando que «o Ministro da Saúde tem feito muitas proclamações, mas nenhumas realizações, seja em matérias estruturais – como a falta crónica de recursos humanos, em particular médicos -, seja nas matérias de organização, como a incerteza que paira sobre o Centro Hospitalar do Algarve, o que está prejudicar muito a instituição. É hora do Governo começar a reconhecer e resolver problemas. Isso é importante para todos, e esperamos que o faça.»
Algarve Primeiro