Por reconhecer a importância que a Estrada Nacional 2 tem para os territórios que atravessa, António Eusébio, Jamila Madeira, Luis Graça e Fernando Anastácio, são coautores do projeto de resolução que recomenda ao Governo a consagração da via longitudinal de Portugal – EN2 e a sua valorização.
Para aqueles deputados, as vias de comunicação foram, ao longo dos séculos, os elementos centrais do desenvolvimento das sociedades. A circulação de pessoas e mercadorias, o desenvolvimento da técnica e da arte, o simbolismo que está associado ao vencer desafios e constrangimentos, foram sempre as bases da construção de estradas.
Em Portugal, desde há séculos, que as vias se transforaram em visão de território, em agregação comunitária, em eleição de centralidades e em dotação de massa crítica. Os grandes programas dos últimos 200 anos, em especial desde Mouzinho da Silveira, tiveram sempre uma leitura nacional, uma razão para que Portugal se consagrasse como reino e como Estado.
A Estrada Nacional 2 atravessa o país em 738Km. São 11 distritos e 32 concelhos, vence 4 serras e 11 rios. Mas é, essencialmente, a estrada das culturas, das especificidades, que entra no Algarve pela Serra do Caldeirão e termina na Capital Algarvia – Faro.
Os municípios, sempre encontrando novos e inovadores caminhos para o seu desenvolvimento, encontraram na Via Longitudinal de Portugal o seu lugar no desenvolvimento e o seu posicionamento estratégico no espaço europeu. Por isso, iniciaram o processo de se ligarem, de encontrarem uma visão de conjunto, uma opção de promoção comum, uma estratégia única, destacam os parlamentares algarvios.
Assim sendo, recomendam ao Governo um forte envolvimento neste projeto, enquadrado numa relação de verdadeira parceria com as Autarquias Locais, que permita dar a este desafio uma dimensão que ultrapasse as fronteiras e que, no limite, possa adquirir, junto da UNESCO, o estatuto de Património Imaterial da Humanidade.
Algarve Primeiro
