Política

Deputados do PSD dizem que Governo investe "zero" no Algarve e menos de 2% na cultura

 
Deputados do PSD dizem que Governo investe "zero" no Algarve e menos de 2% na cultura.

 
O deputado algarvio do PSD, Cristóvão Norte, diz ter confrontado o Governo, no debate do Orçamento de Estado, com o investimento público previsto para a região no ano de 2018, assinalando que “ num orçamento em que o Governo afirma a intenção de aumentar o investimento público, o Algarve fica estranhamente de fora desta equação. Em 2016 e 2017 não foi diferente, a diferença é que nesses anos todos sofriam redução de investimento. Agora é só o Algarve.”
 
Dirigindo-se ao Ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, Cristóvão Norte afirmou “(…) o Sr. Ministro tinha a seu cargo: investir na ferrovia – eletrificar a linha e assegurar a ligação ao aeroporto ; requalificar a EN – 125 entre Olhão e Vila Real de Santo António – a qual está praticamente intransitável –; e modernizar o Porto de Portimão para receber o triplo dos cruzeiros que recebe. Não fez, não preparou projetos, nem lançou concursos.”
 
O parlamentar considera que “ o traçado da linha do Algarve está hoje desconforme com as necessidades da região, por isso faz sentido que o Governo enquadre estes investimentos numa lógica mais global que estruture a mobilidade regional e encontre alternativas para os estrangulamentos crónicos que se verificam no modo rodoviário”, afirmando que “ a ligação ao aeroporto é decisiva para garantir sustentabilidade ao modo de exploração ferroviário, pois são 8 milhões de passageiros que precisam de alternativa de mobilidade e que ninguém deseja que se confrontem com a EN -125.”
 
Já o deputado José Carlos Barros questionou o Ministro da Cultura sobre as verbas inscritas para o Algarve no Programa Cultura, considerando que as opções do Orçamento de Estado refletem uma "inaceitável menorização" da Região em termos de política cultural.
 
Na audição ao Ministério da Cultura, o deputado do PSD realçou o facto de a repartição regionalizada dos Programas e Medidas do Orçamento de Estado para 2018, nomeadamente no que respeita ao Programa Cultura, considerar para o Algarve um valor que não chega a 2% do montante global para o Continente.
 
O parlamentar realça que as verbas da componente não regionalizada se encontram diretamente associadas ao financiamento das Direções Regionais de Cultura, assumindo particular importância na perspetiva da sua capacidade de intervenção e atuação a nível regional.