Política

Deputados do PSD eleitos pelo círculo de Faro solicitaram audiência ao Presidente da República por causa da situação no Algarve

Os deputados do PSD eleitos pelo círculo de Faro, Cristóvão Norte, Rui Cristina e Ofélia Ramos, informam hoje em comunicado que solicitaram ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, uma audiência para expor, "a grave situação económica e social que o Algarve enfrenta".

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Segundo os deputados, "o Sr. Presidente da República tem primado pela proximidade com os algarvios e faz uma leitura acertadíssima da situação, quando, em setembro do ano passado, expressou que a aplicação de um plano específico de urgência para a região é um desígnio nacional. É por esse desígnio que nos batemos. O nosso dever de representação, e a nossa convicção, obriga-nos a procurar levantar a questão junto do mais elevado magistrado da nação."
 
Os parlamentares recordam, que em julho de 2020, quer o Primeiro-ministro, António Costa, quer o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, anunciaram que iria ser apresentado e aplicado um plano específico para a região – tendo António Costa chegado a falar de 300 milhões de euros -, de modo a conter as consequências económicas e sociais da pandemia, "que compreendem, por exemplo, taxas de desemprego homólogas cujo crescimento oscila entre os 60 % e os 200%, registo que chegaram a ser cinco vezes superiores à média nacional e conduzem a que esta região seja uma das que maiores perdas tenha registado a nível europeu". 
 
Recordam, ainda, que as medidas que apresentaram na Assembleia da República a respeito da matéria, foram aprovadas com votos contra do PS, mas a favor das restantes bancadas, "porém, nada foi feito e não há programa ou qualquer medida específica para o Algarve nove meses volvidos do seu anúncio".
 
Em causa está, segundo os parlamentares, "a discriminação negativa a que a região está a ser sujeita e que é um absurdo, pois não respeita a equidade. Se se trata da região que mais perdas regista, faria sentido que no conjunto de apoios nacionais e europeus essa vertente fosse considerada".
 
Criticam que escassos 1,7% do bolo do Plano de Recuperação e Resiliência seja para o Algarve, "quando representa perto de 5% da população e da economia nacional".