Os deputados do PSD, Cristóvão Norte e José Carlos Barros, insistem na proposta que foi chumbada em Abril de 2016 na qual se previa a suspensão das portagens na A22 quando os troços correspondentes na EN-125 cuja circulação fosse interrompida durante as obras de requalificação desta via.
Esta iniciativa, exigida em requerimento dirigido ao Governo, surge na sequência da cerimónia de inauguração do reinício das obras, que motivou a presença do Ministro do Planeamento e Infraestruturas.
«Já tínhamos dito que era essencial que as obras fossem retomadas e os prazos cumpridos( 30 de Junho de 2017). Até lá deve ser encontrada uma solução. É mais que razoável suspender a aplicação das portagens durante a realização das obras, na medida em que se encerrem troços correspondentes na EN 125 - como está previsto - ou as perturbações de tráfego sejam intoleráveis para a segurança da circulação e mobilidade dos cidadãos. O princípio geral de que quando troços são encerrados as portagenscorrespondentes são suspensas, é algo que todos devemos concordar e, por isso, é importante que o Governo decida nesse sentido», afirma o deputado Cristóvão Norte, que salienta que o Governo tem muito que explicar, pois ninguém ainda percebeu porque se mandou parar a obra e o que se ganhou com isso.
Por outro lado, os deputados Social Democratas também querem saber quais foram os resultados da renegociação que o Governo diz ter encetado e se tal se traduziu, como o Governo se propunha, numa redução da taxa interna de rentabilidade de 7, 9 % para os 5 % e se foi ou não reduzido o volume de obra a realizar como o Governo indiciava quando respondeu, que « da renegociação em curso resultará um novo Contrato de Subconcessão que permitirá [...] o regresso de algumas vias da EN 125 originalmente incluídas no objeto da Subconcessão do Algarve Litoral à jurisdição da Infraestruturas de Portugal», o que basicamente significa um corte no que ficou previsto pelo anterior Governo e menos investimento para a região, estimam os mesmos deputados.
Cristóvão Norte assinala que "tão importante como concluir o troço do Barlavento, é requalificar a ligação Olhão – Vila Real de Santo António, cujo estado é caótico e que os sucessivos governos já deviam ter prestado a devida atenção".
Algarve Primeiro