Colegas e amigos de Rodrigo chamaram à zona Ribeirinha de Portimão todos quantos quisessem deixar uma última palavra e uma flor em memória do rapaz.
A cerimónia teve início pelas 21 horas deste sábado e terminou com o Rio Arade coberto por balões brancos.
Entre mensagens escritas em faixas, lágrimas e palavras para que se protejam mais e melhor as crianças e jovens do nosso país, os presentes vestiram-se de branco num gesto simbólico de manifestação de apreço por Rodrigo.
Perto da casa onde residia o jovem, foram acesas velas e repetiram-se sinais de afeto pelo colega, pelo amigo e por um jovem que interrompeu o seu percurso de forma tão macabra.
Foram muitos os anónimos que se juntaram à homenagem, mas muitos mais os que manifestavam a sua dor pela perda de alguém que lhes era muito querido.
Recorde-se que a morte deste jovem continua a ser investigada pela Polícia Judiciária, sendo que o principal suspeito é Joaquim Pinto, o padrasto de Rodrigo Lapa que viajou para o Brasil no dia em que foi dado o alerta do seu desaparecimento.
A mãe do jovem que foi encontrado morto nove dias depois de ter sido dado o alerta do seu desaparecimento, entregou a bebé de seis meses, fruto da relação com Joaquim Lapa, à CPCJ a pedido deste organismo.
Depois de ter sido ouvida pelas autoridades, e aparecendo em público com fortes medidas de segurança, Célia Barreto aguarda o desfecho deste caso que “a comunidade quer ver resolvido e esclarecido.”
Os relatos dos presentes nesta última homenagem a Rodrigo Lapa evidenciam a necessidade de se saber a verdade dos factos, para que se possa saber em que circunstâncias o jovem perdeu a vida.
“Não lhe podendo devolver o direito de viver, só pedimos que se faça justiça e que se conheça toda a verdade, custe o que custar”, diziam muitos dos presentes inconformados com o sucedido.