Economia

Despedimentos no aeroporto de Faro merecem críticas dos sindicatos

Os sindicatos manifestam-se contra aquilo que consideram “despedimentos selvagens” no aeroporto de Faro.

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Em causa está a dispensa de 12 trabalhadores do aeroporto que, na posição dos sindicatos, “é uma estratégia ‘selvagem’ para não conceder os direitos laborais e por terem recorrido à greve”.
 
Na passada semana, a Portway, empresa de assistência em terra da ANA - Aeroportos de Portugal, dispensou os 12 operadores das pontes telescópicas, 'mangas' de saída dos aviões, do Aeroporto de Faro, dando como justificação o término do contrato de prestação de serviços com o aeroporto a 20 de abril.
 
Segundo o representante do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA), "Foram despedidos porque entraram numa luta em que têm feito algumas greves reivindicando seguro de saúde, categoria profissional e possibilidade de progressão de carreira”.
 
A Portway, empresa de 'handling' (assistência em terra) nos aeroportos de Portugal (Lisboa, Porto, Faro e Funchal) é detida pela ANA e, por isso, pelo grupo francês Vinci, que adquiriu os aeroportos nacionais ao Estado português.
 
Estes  trabalhadores foram integrados na Portway após a dissolução da empresa onde trabalhavam em 2007, sem no entanto, terem visto reconhecida a sua categoria profissional.
 
Na posição dos representantes sindicais, “quando se fala que a privatização da ANA veio trazer benefícios, confrontamo-nos com este tipo de realidades”.
 
Armando Costa, garantiu que o sindicato vai apoiar os trabalhadores para que possam contestar o despedimento dentro dos trâmites legais e assegura que “não se podem tratar assim as pessoas”.
 
Neste sentido, o SITAVA e a União de Sindicatos do Algarve deram uma conferência de imprensa com o intuito de alertar a opinião pública para este caso.