Ambiente

Dia da Floresta Autóctone assinalado no concelho de Loulé com o apoio de duas IPPS's

 
 
De forma a assinalar o Dia da Floresta Autóctone (23 de novembro), o Município de Loulé promoveu uma ação de plantação na aldeia da Tôr, que contou com o envolvimento de duas instituições de solidariedade social do concelho, tendo como principal objetivo sublinhar a importância das espécies originárias do território para a sustentabilidade dos ecossistemas.

A Existir, com 21 utentes e pessoal auxiliar, e a UNIR, com 12, associaram-se a este momento em que, num terreno do barrocal algarvio, na aldeia da Tôr, foram plantadas 18 árvores de pomar misto de sequeiro: 4 loureiros, 4 oliveiras, 3 alfarrobeiras, 3 amendoeiras, 2 figueiras e 2 romãzeiras. 
 
Enquadrada no desiderato da Câmara Municipal de Loulé de, nos próximos anos, pintar de verde o seu território com milhares de árvores, "esta ação segue os pressupostos de que é fundamental envolver toda a comunidade neste objetivo de preservação do património natural, uma riqueza que é de todos", realça a autarquia em nota emitida ao Algarve Primeiro.
 
As Florestas Autóctones caracterizam-se por possuírem uma grande área de árvores nativas do próprio território e são de extrema importância, uma vez que servem como área de refúgio e reprodução de um grande número de animais, importantes para o equilíbrio da fauna e flora locais. São também mais resistentes a pragas, doenças e períodos de seca ou chuvas intensas, ajudando por isso a manter a fertilidade do espaço natural e o equilíbrio biológico das paisagens.
 
Neste sentido, e considerando que a azinheira o sobreiro são as únicas espécies protegidas em Portugal, a Câmara Municipal de Loulé deixou a mensagem que, para além destas, há outras espécies que potencialmente poderão vir a ter esta classificação, como é o caso das que foram plantadas na Tôr.
 
Numa altura em que se colocam cada vez mais os problemas de escassez de água, a aposta nas espécies autóctones traduz-se numa maior resiliência às alterações climáticas. Para promover estas espécies, a Câmara Municipal de Loulé tem levado a cabo outras iniciativas, com destaque para os protocolos celebrados com o ICNF, a associação ao projeto “Life Terra”, a criação do “Condomínio da Aldeia” ou a participação na rede europeia SUDOE-REMAS.