Sociedade

Dia do Município de Lagos marcado pela reabertura do Museu Dr. José Formosinho

 
O Dia do Município de Lagos, foi ontem celebrado em honra do padroeiro da cidade, São Gonçalo, com várias atividades. O ponto alto do dia, aconteceu com a reabertura do Museu de Lagos Dr. José Formosinho após quatro anos em que o espaço foi totalmente remodelado.

O dia começou na Praça Gil Eanes com a cerimónia do Hastear das Bandeiras, acompanhada pela Banda da Sociedade Filarmónica 1º de Maio e do Grupo Coral de Lagos, à qual se seguiu a Sessão Solene alusiva à data. 
 
 
Hugo Pereira, presidente da Câmara Municipal de Lagos, relembrou no seu discurso a vida do lacobrigense, patrono de Lagos, São Gonçalo, e evidenciou o papel das pessoas que «são a pedra angular do serviço público, as quais estão na base do princípio fulcral que norteia o Executivo Municipal. É, pois, importante unir esforços com particulares, associações e o mundo empresarial para apoiar a comunidade com vista a uma sociedade local cada vez mais inclusiva, coesa, igualitária e participativa onde se sintam apoiados, valorizados e representados, com destaque para as áreas da Habitação, Ambiente, Cultura, Património Cultural, Educação e Juventude, Saúde, Desporto, Vida Saudável, serviços de proximidade e de qualidade e Turismo Acessível».
 
De seguida, teve lugar na Igreja de Santa Maria uma missa em honra de São Gonçalo de Lagos, a qual foi presidida por D. Manuel Quintas, Bispo do Algarve.
 
Na tarde teve lugar a reabertura do Museu de Lagos Dr. José Formosinho, a qual contou com as presenças de José Apolinário, Presidente da CCDR Algarve, de João Fernandes, Presidente da Região de Turismo do Algarve, e de Adriana Nogueira, Diretora Regional de Cultura do Algarve. Encerrado desde setembro de 2017, o espaço foi alvo de uma remodelação integral que permitiu renovar a programação de conteúdos, a conservação e restauro do acervo e valorizar a coleção exposta com base no respeito pelas ideias originais do patrono e fundador, Dr. José Formosinho (1888-1960), o que resultou na inauguração de uma nova exposição de longa duração: “Depois de 1460 & Coleções Especiais”. No interior do Museu, algumas peças notáveis ganham agora o merecido destaque e contextualização histórica e artística por meio de textos acessíveis, grafismos e modernas aplicações multimédia.
 
 
A operação foi efetuada no âmbito do Programa Operacional CRESC Algarve 2020, representando um investimento total de 7,3 milhões de euros, financiados em 2,6 milhões de euros pelo FEDER. Estes valores consideram as empreitadas, os projetos museográficos e de comunicação, a produção dos conteúdos expositivos e o restauro de peças, abarcando as duas componentes de intervenção, isto é, a remodelação do núcleo primitivo do Museu (que agora reabre com a designação “Museu de Lagos Dr. José Formosinho”) e a sua ampliação, através da criação do Núcleo de Arqueologia, cuja obra já foi adjudicada.
 
A par desta reabertura, surge também o novo conceito “Museu de Lagos”, uma intenção da autarquia em centralizar a oferta museológica no concelho, agregando os seus vários núcleos e equipamentos numa única configuração polinucleada que integra o Museu Dr. José Formosinho (que inclui a Igreja de Santo António), o Centro de Documentação, a Rota da Escravatura – Mercado de Escravos, o Forte Ponta da Bandeira e o Armazém do Espingardeiro (Núcleo Lagos – a Urbe e o seu Tempo). Farão ainda parte desta nova estrutura, a Estação Arqueológica do Monte Molião, a Estação Arqueológica do Balneário Romano da Praia da Luz e as ruínas do Vale da Gafaria/Hospital de Leprosos.
 
As celebrações do Dia do Município irão prolongar-se até dia 31 de outubro na forma da visita da Nau Vitória/Não Victoria a Lagos, uma réplica da embarcação que foi protagonista da primeira volta ao mundo (1519-1522), podendo ser visitada gratuitamente, até domingo, na Marina de Lagos, entre as 10h00 e as 18h00.
 
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