Política

Distrital do Chega afasta coordenador da concelhia de Portimão e líder da candidatura à câmara municipal

A Direção da Distrital de Faro do partido Chega, confirmou esta quinta-feira, que na sequência da reunião extraordinária realizada no passado dia 5 de junho, que contou com a presença dos elementos da direção distrital e de todos os elementos da concelhia de Portimão, foi votado o afastamento de Carlos Natal, da coordenação da concelhia e da candidatura à Câmara Municipal de Portimão.

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Em comunicado, o Chega diz que esta «exoneração», surge pela recusa de Carlos Natal, em seguir os procedimentos internos definidos pela direção nacional, relativamente aos processos de candidatura e elaboração das listas às autárquicas e por ter demonstrado uma conduta «em nada condizente com o exigido a um qualquer dirigente ou militante do Chega».
 
Segundo o partido, Carlos Natal, manifestou a decisão de retirar a candidatura se as suas exigências não fossem atendidas, «tendo conhecimento que estas não estariam de acordo com os procedimentos anteriormente estabelecidos e comunicados, para a elaboração das listas».
 
A acrescentar, o Chega sustenta que Carlos Natal abandonou a reunião em plena sessão, «não deixando outra alternativa à direção da distrital que não a sua exoneração».
 
A Direção da Distrital de Faro do Chega, reafirma ainda que não serão aceites condutas ou ações impróprias «de um qualquer dirigente ou militante, que comprometam o trabalho que tem sido feito por um partido que pretende ser um exemplo para a sociedade, mesmo que isso implique o risco de poder não concorrer às eleições numa autarquia», conclui.
 
Entretanto, ao jornal Observador, Carlos Natal, disse ter sido afastado da candidatura autárquica «por vontade» da comissão política distrital e da direção nacional do Chega sem conhecer as «razões concretas que levaram à exoneração». 
 
Fonte da concelhia revelou ao Observador que em causa esteve a apresentação pública do número dois da lista, através das redes sociais, sem que o mesmo tivesse sido aceite pelos órgãos locais.
 
Ainda de acordo com o Observador, o empresário e ex-militante do PSD referiu não entender o «silêncio» da direção do partido, já que foi apresentado pelo próprio André Ventura, no Algarve, como candidato ao cargo, entendendo que o «silêncio da direção corresponde a uma concordância», resumiu.